O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou mais de 7,6 mil focos de queimadas na Amazônia nos primeiros 28 dias de agosto de 2020. É 1 recorde para qualquer mês desde que o monitoramento começou a ser realizado, em 1998.
O resultado aponta uma alta de 14,3% em comparação ao mês cheio de agosto em 2019, quando 6.668 focos ativos foram anotados pelo Inpe.
Historicamente, agosto é o mês com o maior número de queimadas no Estado por causa do clima mais seco –indicando esta mesma tendência, o recorde anterior era o de agosto de 2019. A disparada dos incêndios do maior Estado da região amazônica normalmente se mantém em setembro e só começa a perder força em outubro. É no último bimestre que números tendem a baixar com mais ênfase.
Essa é a 5ª vez que os focos ultrapassam a barreira de 5.000 nos 22 anos em que o Inpe realiza o monitoramento. Destas, a única fora de agosto foi em 2015, em setembro. As outras foram em 2005, 2010 e 2019.
No acumulado do ano, os focos de queimadas no Amazonas já somam mais de 10.00o. Outro infeliz recorde: é a 1ª vez em que eles chegam a 5 dígitos nos 8 primeiros meses do ano. Nesse ritmo, podem quebrar o recorde histórico de queimadas em 1 ano, que é de 2005, com 15.644.
Este é o 1º recorde mensal de queimadas no 2º ano do governo Jair Bolsonaro. No ano passado, além de agosto, os incêndios de março também foram os maiores para o período na série histórica.
Comparado 2020 com 2019, agosto é o 5º mês em que o número de queimadas avança, sendo o 3º consecutivo. Em números absolutos, os 8 primeiros meses do ano passado tiveram 8.366 focos. Neste ano, o mesmo recorte mostra 1 aumento de 22,3% nos focos.
Os dados completos desde 1998, mês a mês, podem ser conferidos no Portal Queimadas, do Inpe.