*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nos primeiros cinco meses deste ano, a cidade Manaus teve queda de 77% na quantidade de casos confirmados de dengue e redução de 72% no número de notificações da doença. O dados são do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Nesta terça-feira (24), a Prefeitura de Manaus começou a realizar pesquisa larvária para monitoramento da presença do mosquito Aedes aegypti em áreas alagadas da capital.
Ao todo, foram registradas 1.035 notificações de dengue este ano, sendo 590 casos confirmados. Já nos cinco primeiros meses de 2021, foram registradas 3.708 notificações da doença, com 2.632 casos confirmados. Em relação aos casos de zika, foram 59 notificações neste ano, enquanto no ano passado foram 76. O número de casos confirmados aumentou de 27, no ano passado, para 37 neste ano. Manaus registrou 56 notificações de chikungunya neste ano, e teve 13 casos confirmados. Já no ano passado, de janeiro a maio, foram 79 casos notificados e 18 confirmados.
A ação faz parte das estratégias da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) durante a operação Cheia 2022, e vai alcançar dez pontos da capital até o dia 31 deste mês. O trabalho teve início na rua dos Barés, Centro, com coleta de amostras de larvas de mosquito. Os agentes de saúde também irão coletar o material em pontos dos bairros Aparecida, zona Sul, São Jorge e Glória, zona Oeste, Mauazinho e Colônia Antônio Aleixo, zona Leste.
“Nunca foi detectada a presença do Aedes aegypti nessas áreas alagadas, mas seguimos fazendo esse monitoramento todos os anos para verificar se o mosquito conseguiu se adaptar a esses ambientes ou não. O Aedes é vetor da dengue, zika e chikungunya, então o controle da proliferação de criadouros contribui para a redução de casos das doenças”, informou o chefe do Núcleo de Controle da Dengue da Semsa, Alciles Comape.
As amostras coletadas serão analisadas pelo Núcleo de Entomologia e Controle Vetorial da secretaria. O monitoramento também é realizado por profissionais do setor de Educação em Saúde e Mobilização Social e dos setores de Controle de Endemias dos Distritos de Saúde (Disa).
“É muito comum encontrar larvas do Culex nesses locais, que são mosquitos que costumam ferrar as pessoas durante a noite, chamados de carapanãs e não apresentam risco de contaminação dessas doenças. Já o Aedes transmite doenças e tem comportamento diurno, e esse trabalho é feito justamente para saber qual a espécie do mosquito que está predominando nas áreas alagadas”, afirmou.
Alciles reforçou, ainda, que, caso a presença do Aedes seja confirmada, as equipes da Semsa irão realizar ações de borrifação, tratamento focal com larvicida, contra as larvas, e inseticida, contra o mosquito adulto.
“A gente também está sensibilizando a população sobre o descarte correto do lixo, pois nesse período de chuva, qualquer resíduo pode se tornar um criadouro do Aedes, como tampa de garrafa, copos, marmitas, entre outros. Nesse momento, o setor de Educação em Saúde está trazendo essas informações para a população”, destacou a chefe do setor de Educação em Saúde e Mobilização Social da Semsa, Lilian Zacarias.
Ações educativas
Reforçando as ações estratégicas da operação Cheia 2022, a Semsa também realiza atividades de Educação em Saúde em áreas de Manaus afetadas pela subida dos rios Negro e Solimões, por meio do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) e Distritos de Saúde (Disa).
Todos os anos, a secretaria desenvolve um plano de ação para reforçar as orientações de prevenção e combate contra doenças que podem surgir em meio à cheia, como a leptospirose, zoonose transmitida pelo contato com urina de animais infectados, principalmente de ratos, ou água e lama contaminadas pela bactéria Leptospira, doença de veiculação hídrica, como diarreia e hepatite A, além de acidentes com animais peçonhentos.