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No Amazonas, coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas começa dia 14

Começa no dia 14 de junho, no Amazonas, a coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas para facilitar as buscas e a identificação de parentes perdidos. Preferencialmente, devem ser cadastradas amostras da mãe e de outro parente em primeiro grau, como pai, irmão ou filho. Cada amostra será associada a um marco de referência, ou seja, a qualquer objeto de uso pessoal do desaparecido que contenha traços genéticos dela.

No Amazonas, a campanha vem sendo operacionalizada pelo Plid-MPAM em parceria com o Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística do Amazonas. O material coletado será inserido no Banco Nacional do Perfil Genético. A coleta é voluntária e será realizada entre os dias 14 e 18 de junho em todos os estados e no Distrito Federal. O local de coleta de cada unidade da federação está disponível no site da pasta federal.

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), pela coordenadoria do Programa de Localização e Identificação de Pessoas Desaparecidas (Plid-MPAM), esteve reunido, no dia 18/05, com o secretário adjunto nacional de Segurança Pública (Senasp), Ronney Augustio Matzui Araújo, e membros do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Identificação e Localização de Pessoas (Sinalid), para ultimar detalhes da Campanha Nacional de Coleta de Material Genético de familiares de pessoas desaparecidas. A campanha foi lançada no dia 25 de maio, Dia Internacional da Criança Desaparecida, e visa contribuir para a identificação de pessoas encontradas mortas, cujos familiares não tenham conhecimento disso.

“A coleta é muito importante porque vai permitir o cruzamento de dados de pessoas encontradas mortas com dados de familiares de desaparecidos de todo o país, contribuindo, de forma rápida e segura não só para a identificação dos mortos, mas também para o encerramento de buscas que podem se prolongar por muitos anos. Trata-se de uma ferramenta tecnológica que efetivamente ajuda a localizar pessoas, sendo uma excelente estratégia que estamos implementando aqui no estado do Amazonas por meio do Plid”, observa o coordenador do PLID-MPAM, Promotor de Justiça João Gaspar Rodrigues.

No Amazonas, o material genético será coletado pelo Instituto de Criminalística (IC) e terá início no dia 14 de junho. O Instituto vai receber familiares, especialmente genitores de pessoas desaparecidas, para a coleta do material genético. A campanha nacional tem como símbolo a flor miosótis, que significa “Não-Te-Esqueças-de-Mim” e representa a criança desaparecida como um símbolo mundial.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), informou que vai criar um banco de DNA de familiares de pessoas desaparecidas no estado. “Esses dados vão nos ajudar a solucionar também casos de pessoas desaparecidas já falecidas e que estão sem identificação no IML”, explicou o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates.

A coleta de material vai acontecer em um ponto de atendimento no prédio do Instituto. Além de gotas de sangue de familiares de pessoas desaparecidas, também serão coletadas algumas informações como marcas no corpo, tatuagem, próteses, data do desaparecimento, roupa que a vítima utilizava pela última vez em que foi visto.

O diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Lin Hung Cha, ressalta que após a campanha, a identificação de desaparecidos será feita pelo Banco de Perfil Genético, por meio da determinação de vínculo biológico entre as pessoas, o desaparecido e o familiar.

Os familiares que já são cadastrados no Núcleo de Localização de Pessoas Desaparecidas, podem obter o encaminhamento do MP-AM e ir até o laboratório ou também aqueles que possuem registro de desaparecimento da Polícia Civil. Em outros casos, as pessoas podem se dirigir ao laboratório a partir do dia 14 de junho.

Familiares de pessoas desaparecidas precisam ter interesse de doar amostra e, após a coleta de perfil genético, o cidadão assina um termo de consentimento. O DNA coletado não será utilizado para nenhum outro fim.

“O IML já tem um trabalho de pessoas não identificadas. A família do desaparecido pode preencher um formulário, com todas as características, para que possamos fazer o confronto das amostras de DNA. E agora com essa campanha, é mais uma ferramenta baseada na tecnologia e na ciência. É bom frisar a importância de a população comparecer ao instituto para compor o banco de perfis genéticos”, enfatizou Lin.

Registro

O Boletim de Ocorrência de desaparecidos pode ser feito em qualquer delegacia. Em Manaus, casos envolvendo crianças e adolescentes são investigados pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA)e, preferencialmente, devem ser registrados na DEPCA.

Após coletado o sangue, o material é inserido no banco de perfil genético e ele será confrontado com dados genéticos de pessoas mortas não identificadas, restos mortais não identificados no Amazonas e em todos os estados da federação para verificar se existe compatibilidade.

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