Com as denúncias de propina na compra de vacinas e superfaturamento da Covaxin o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão (PRTB), disse não ver espaço para um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
“Acho que não há espaço para prosperar um pedido de impeachment. Estamos a um ano e pouco das eleições. Vamos deixar o processo prosseguir e chegar a outubro do ano que vem para ver o que acontece”, disse.
“É um relato, né? Você sabe que esses assuntos não chegam para mim. Só tomo conhecimento pela imprensa. Não tenho como avaliar”, disse. “Agora, o presidente falou uma coisa que é certa, ele não tem condições de controlar tudo o que está acontecendo dentro do governo. Isso é uma realidade. Então, compete a cada ministro controlar o seu feudo. E se for detectada alguma coisa que está irregular, que se tome as providências de acordo com a lei. Isso é normal acontecer”, afirmou sobre a denúncia do pedido de propina de US$ 1 por dose da AstraZeneca.
E-mails obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo mostram que o Ministério da Saúde negociou oficialmente venda de vacinas com representantes da Davati Medical Supply, as mensagens da negociação foram trocadas entre Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do ministério recém-exonerado, Herman Cardenas, que aparece como CEO da empresa, e Cristiano Alberto Carvalho, que se apresenta como procurador.