*Victória Louzada e Diego Mesquita – Dia a Dia Notícia
Em entrevista exclusiva ao Dia a Dia Notícia, a mãe de Pâmela, Miraci Silva negou o envolvimento do genro, o policial Kedson Nunes, ou que qualquer pessoa da família no ataque criminoso que tentou tirar a vida de Renato Moraes da Silva, baleado em seu carro, na manhã desta terça-feira (22), em Manaus. Miraci também disse que o médico não faz parte da equipe que atendeu sua filha no início deste ano, destacando que a família não conhece o médico Renato.
“Em primeiro lugar, a gente nem conhece esse médico, ele não está em nenhuma lista, o nome dele a gente nem nunca viu na vida, viu hoje porque ele apareceu no jornal, ele não trabalha neste hospital particular, então não tem como, não tem porquê”, afirmou a mãe de Pâmela.
Ainda segundo a mulher, a família está buscando meios judiciais para agir contra portais que tenham usado seu nome e de seu genro associando ao ataque criminoso.
“A gente vai processar os portais que envolveram os nossos nomes. Estou na delegacia, para provar que a gente não conhece esse médico”, declarou.
Por que o marido está sendo citado como envolvido?
Kedson Nunes é policial e dedica suas redes sociais para pedir justiça pela morte de Pâmela, e por isso, logo, pessoas que conhecem a família começaram a afirmar que ele seria responsável pela tentativa de assassinato de Renato.
Renato Moraes da Silva, de 35 anos, foi alvo de um atentado, na manhã desta terça-feira (22), no bairro Vieiralves, zona Centro-Sul de Manaus. O médico foi baleado enquanto estava dentro do próprio carro, que foi alvo de diversos tiros.
Nos grupos de WhatsApp durante esta terça-feira, foram espalhados rumores de informações – não oficiais, que Kedson seria o autor do crime por vingança ou revolta, pois o médico teria sido o último a assumir o plantão antes da morte de sua esposa na Hapvida, que foi para a unidade com pedra na vesícula, mas não chegou a ser operada, porque houve uma demora em autorizar a cirurgia, o que se configura como negligência médica.
Relembre o caso Pâmela
Pâmela Mikaely tinha 31 anos, e foi a um dos hospitais da rede Hapvida, já que era uma das clientes, e ficou internada por cinco dias no Hospital Rio Negro, na zona Sul de Manaus. Na época, a jovem sentia fortes dores abdominais, mas morreu em decorrência das complicações e falta de assistência médica, segundo o que afirma a família.
Desde então, os familiares de Pâmela organizam protestos e buscam justiça pela morte da mulher, e acusam a operadora de plano nacional de saúde Hapvida de ser um “matadouro”.