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“Não ao Festival”, afirma médico de Parintins que teve Covid-19 duas vezes

Reprodução/Facebook

O médico Daniel Tanaka, anestesista que atua no Hospital Jofre Cohen, em Parintins, publicou um texto em sua página no Facebook, nesta quinta-feira (16), afirmando ser contra a realização do Festival Folclórico do município em 2020. Tanaka foi infectado com Covid-19 duas vezes, primeiro no mês de abril e depois em maio.

“Proceder a um festival que vai aglomerar pessoas de forma singular e com alto potencial de explosão nas contaminações (é ilusório e até infantil acreditar que haverá respeito a medidas sanitárias como de distanciamento social) é, ao meu ver, ser insensível às mais de cem famílias parintinenses que tiveram a perda do ente querido”, escreveu Tanaka.

A publicação do médico, que é diretor clínico do hospital referência para tratamento da Covid-19 em Parintins, já alcançou mais de 1,2 mil curtidas e reações, em 17 horas.

Tanaka afirma que a “diminuição da incidência de óbitos e internações não garante que a população esteja de fato imunizada”, e cita que as agremiações dos bois Garantido e Caprichoso não comprovaram quais são os estudos que confirmam a viabilização do Festival.

O médico, que chegou a ficar internado por 12 dias no Hospital do Coração, em São Paulo, quando tratava da sua segunda infecção por coronavírus, disse ainda que o Governo do Amazonas não se preparou para o enfrentamento da pandemia de maneira adequada. Para ele, a gestão da Prefeitura de Parintins foi a principal agente, que adotou decretos de obrigação do uso de máscaras e do toque de recolher.

“Esperar, portanto, do Governo do Estado e seus órgãos de vigilância, estudos ou previsões sobre viabilidade de eventos como um festival que reúne milhares de pessoas num ambiente festivo, numa cidade-ilha, e confiar nesses estudos, é creditar uma catástrofe”, disse.

Em relação aos Bois, Tanaka diz que a quantidade de processos trabalhistas demonstra a falta de preocupação com os prejuízos dos trabalhadores que dependem do Festival, argumento utilizado pelas diretorias do Caprichoso e Garantido, para realizar o evento.

“O brincante do festival de novembro, pode estar enterrando seu pai, sua mãe, seu avô ou sua avó em Dezembro, mês do nascimento de Cristo. Não ao Festival 2020. Não sujem o nome desse patrimônio cultural de sangue. O valor da Vida é Maior. Sim ao Festival 2021. Será o maior é mais lindo Festival”, conclui o médico.

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