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Câncer de pênis pode ser tratado com cirurgia que mantém as funções sexuais

Um amplo debate sobre o câncer de pênis deve ocorrer, no próximo dia 6, às 8h (horário de Brasília), de forma online. A ‘SBU em Casa’ é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de urologia, que reunirá especialistas da região para a atualização de protocolos voltados à patologia, cujo tipo mais frequente é o carcinoma de células escamosas e a população mais atingida é de homens com 50 anos ou mais. Entre os assuntos, estão as técnicas cirúrgicas para a preservação do órgão e da função sexual masculina, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Giuseppe Figliuolo, doutor em saúde coletiva.

A transmissão ocorrerá através do site www.portaldaurologia.org.br/medicos , ao vivo. A atividade tem como tema “O câncer de pênis, sua relação com o HPV e a recuperação da sexualidade”. A escolha pelo ambiente online se deu por medida de segurança, considerando o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), no Brasil, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, representando 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do tumor e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem.

Giuseppe Figliuolo explica o HPV está em evidência quando se trata do câncer de colo uterino. Mas, o que muita gente desconhece, é que o vírus está diretamente ligado ao câncer de pênis. Outros fatores de risco para esse tipo de neoplasia maligna são: presença de fimose e a não higienização adequada do pênis, potencializando o acúmulo de esmegma/secreção.

“No caso do HPV, as lesões provocadas pelo vírus podem evoluir para um câncer, quando não tratadas em tempo hábil. E, dependendo do estágio em que o paciente se encontrar, pode haver a indicação de uma cirurgia menor, como a circuncisão, ou maior, como a penectomia, para a retirada parcial ou total do pênis, o que é muito mais invasivo e traumático para o homem. Mas, lembramos que não são todos os tipos de HPV que provocam o câncer. Apenas os considerados oncogênicos”, explicou.

Segundo o especialista, que tem quase 20 anos de experiência na área, sintomas como tumoração na glande (cabeça do pênis), na pele que encobre a glande, no corpo do pênis, secreção branca constante e aumento anormal do tecido da glande, podem ser sinais de alerta, o que requer a avaliação de um médico especialista. O diagnóstico é feito através de análise clínica e biópsia (retirada de fragmento para análise patológica), a qual determinará o tipo de câncer a ser tratado.

Ele explica, ainda, que além do carcinoma de células escamosas, há outros tipos de câncer de pênis, como o melanoma (mais associado à pele – prepúcio) e o carcinoma basocelular (também de pele, mas de crescimento mais lento, que geralmente não se dissemina para outras partes do corpo).

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