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Mulheres lideram pesquisas sobre vacinas contra Covid-19

É um fato emocionante que a história das vacinas esteja sendo protagonizada por mulheres cientistas. Sabemos no início que esse era um campo dominado por homens. Mas agora a ciência também conta com talentos femininos, que trazem resultados espetaculares na área das vacinas contra Covid-19, segundo o Portal Pebmed.

Apresentamos algumas das fantásticas cientistas por trás de vacinas contra a Covid-19 como uma homenagem ao Dia Internacional das Mulheres.

Confira algumas cientistas que estão fazendo história com a vacina contra Covid-19

Katalin Karikó, uma bioquímica nascida na Hungria, que veio para aos Estados Unidos trabalhar em questões relacionadas ao RNA, está à frente das questões relacionadas à abordagem do mRNAque é a base tecnológica das vacinas Moderna e Pfizer/BioNTech, as duas principais para a vacinação americana.

Como a maioria dos cientistas, teve dificuldade para levantar fundos para pesquisas e ainda travou uma luta contra o câncer, mas não desistiu. Katalin acabou trabalhando com Drew Weissman e eles descobriram como injetar material de RNA em humanos, sem causar uma reação inflamatória excessiva, que anteriormente era a barreira crítica para o progresso das pesquisas.

Katalin foi depois trabalhar com a BioNTech, uma start-up alemã fundada por Uğur Şahin e Özlem Türeci, uma equipe de marido e mulher cujos pais eram trabalhadores turcos na Alemanha.

A sua equipe foi a primeira a desenvolver uma vacina de RNA e a obter ajuda dos institutos nacionais de saúde para conseguir financiamento de empresas e testá-la em humanos. Por isso, Katalin Karikó é considerada pela mídia internacional como a mãe da vacina contra a Covid-19.

Ela recusa os reconhecimentos com uma mistura de humildade e orgulho. “Nos últimos 40 anos, não tive nenhuma recompensa pelo meu trabalho, nem mesmo um tapinha nas costas. Não preciso disso. Sei o que faço. Sei que é importante. E estou muito velha para mudar. Isso não me subiu à cabeça. Não uso joias e tenho o mesmo carro velho de sempre”, comenta Katalin Karikó em uma entrevista para o jornal El País.

Já Nita Patel saiu da pobreza rural na Índia para estudar na faculdade com bolsas do governo. Agora é a diretora sênior do programa de desenvolvimento de vacinas da Novavax, uma pequena empresa, entre empresas farmacêuticas gigantes, que compete para testar uma vacina contra Covid-19. Sua equipe feminina é uma parte essencial de todo o processo da vacina que tem resultados promissores.

Esta vacina também é baseada em novas ideias, usando um sistema incomum de células de mariposas para produzir proteínas de uma maneira altamente inovadora.

Nita percorreu um longo caminho desde seu início em Sojitra, uma vila agrícola no estado indiano de Gujarat. Lá, quando ela tinha quatro anos, sua família caiu na pobreza depois que seu pai quase morreu de tuberculose. Ele nunca mais trabalhou e disse que a filha deveria se tornar uma médica e encontrar uma cura para a doença. Muitas vezes, ela tinha que implorar por dinheiro para o ônibus.

Sua excelência acadêmica (ela tem memória fotográfica) a impulsionou para a faculdade com bolsas do governo. Mais tarde, ela obteve dois títulos de mestrado, na Índia e nos Estados Unidos, em microbiologia aplicada e biotecnologia.

“Desde que a pandemia chegou meu dia simplesmente não acaba. E é o mesmo com todos os outros aqui”. Ainda assim, Nita, que ora e medita diariamente em um templo em sua casa, projeta serenidade e bom ânimo. “Para mim, nada é impossível”, diz confiante em uma entrevista para a revista Science.

Um exemplo de pesquisadora brasileira que está fazendo história no exterior é Daniela Ferreira, doutora pelo Instituto Butantan. Atualmente, ela coordena um dos centros que testa a vacina contra a Covid-19 produzida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Aliás, Daniela é a primeira mulher a chefiar o departamento de Ciências Clínicas da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, onde mora.

Natural de Campinas, a pesquisadora se especializou no estudo de vacinas para doenças respiratórias ainda no Brasil, trabalho que seguiu desenvolvendo no Reino Unido. Ela avaliava como as vacinas reagem a bactérias causadoras da pneumonia. Agora, Daniela está à frente da testagem da vacina de Oxford/Astrazeneca na população.

Como vimos, o rápido desenvolvimento das vacinas também traz histórias de superação, determinação e coragem dessas e muitas outras mulheres pesquisadoras e cientistas pelo mundo afora.

A história das vacinas no século XXI terá os nomes dessas mulheres, que estão escrevendo um capítulo muito importante e especial dentro do cenário mundial atual.

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