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MPC apura irregularidades em contrato de R$ 16,3 milhões da Prefeitura de Tefé (AM)

O prefeito de Tefé, Nicson Marreira.
*Da Redação Dia a Dia Notícia

O Ministério Público de Contas (MPC) entrou com uma representação no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) contra o prefeito Nicson Marreira (União), prefeito do município de Tefé (a 521 km de Manaus), para apurar possíveis irregularidades em um contrato de R$ 16.330.303,08 celebrado entre o Executivo municipal e a empresa Antorelly Construções e Serviços Eireli para construção de um muro de contenção de erosão fluvial.

No documento, o procurador de Contas Ruy Marcelo Alencar destaca que embora a maior parte da obra seja custeada por um convênio com o Governo Federal – que ficou responsável por R$ 16.498.380,42 do empreendimento – a contrapartida de R$ 34.646,60 “legitima a atuação desta Corte de Conta, que deve exercer a função fiscalizadora e sancionadora sobre atos jurídicos ilegais, irregulares ou lesivos”.

O procurador ressaltou que o MPC identificou indícios de irregularidades: o projeto básico aparenta inconsistências, fator “motivador de nulidade da licitação e do respectivo contrato e gerador de grave risco de dano ao patrimônio público”.

“A despeito de supostamente ter sido precedido de pesquisa de preço quanto ao valor geral da obra, não constam especificações técnicas detalhadas quanto à adequação e economicidade dos custos e preços unitários fixados. O Projeto Básico não veio acompanhado de planilha de composição de custos, insumos e remuneração para cada um dos itens previstos. Dele constou somente a pesquisa quanto ao valor global do serviço, sem identificação pormenorizada de qual seria o custo de cada um dos serviços a serem executados, de modo a descartar a mínima possibilidade de risco de dano ao erário durante a execução contratual, relativo a eventuais sobrepreços e superfaturamentos”, escreve.

Além disso, a Corte aponta a necessidade de um estudo técnico de avaliação prévia de impacto ambiental devido aos repetidos deslizamentos de terra que atingem os municípios da calha do Médio Solimões, onde se encontra a cidade de Tefé. Diante disso, o MPC pede auditoria de conformidade de forma que se possa descartar qualquer risco de ilegalidade. Caso sejam confirmadas irregularidades, a Prefeitura de Tefé e a empresa contratada deverão ser notificadas para apresentarem sua defesa.

Confira o pedido completo aqui.

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