*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para investigar o aumento exponencial da dívida pública do Município de Manaus entre os anos de 2013 e 2020, período em que a cidade foi gerida por Arthur Virgílio Neto (sem partido). Segundo o a portaria publicada no Diário Oficial desta terça-feira (4/4), Arthur recebeu a prefeitura de Amazonino Mendes com uma dívida de R$ 378,4 milhões e entregou para David Almeida (Avante) com um endividamento de R$ 3,2 bilhões. O crescimento da dívida foi de 745%.
O inquérito se originou de um procedimento preparatório instaurado para apurar o endividamento da cidade de Manaus durante a gestão de Arthur. Em 2021, o Comitê do Amazonas de Combate à Corrupção e ao Caixa Dois Eleitoral registrou uma notícia de fato contra Arthur Neto para encaminhar um relatório com supostas irregularidades que teriam ocorrido na gestão do ex-prefeito.
Com a transformação do procedimento em inquérito civil, o Ministério Público irá apurar se Arthur Neto violou os princípios administrativos obrigatórios a um chefe do executivo municipal.
O atual prefeito, David Almeida, já havia se queixado das dívidas deixadas por Arthur Neto em fevereiro deste ano. Contudo, Almeida afirmou que herdara uma dívida de R$ 2,1 bilhões, mas o número revelado no relatório enviado ao Ministério Público mostrou-se ainda maior.
David destacou que as altas dívidas dificultam a Prefeitura de “fazer mais contratação e oferecer melhores serviços”. Em média, a dívida pública municipal custa R$ 800 milhões aos cofres públicos por ano. Segundo David Almeida, somente em 2022 foram pagos R$ 700 milhões.