*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) voltou a cobrar esclarecimentos da Prefeitura de Manaus sobre a reconstrução da passarela de pedestres da avenida Torquato Tapajós, que segue abandonada mais de um ano após ter sido destruída em um acidente. Sem retorno do Executivo municipal, o promotor de Justiça Lauro Tavares reiterou a solicitação por meio de ofício enviado no dia 19, estabelecendo novo prazo de 15 dias para que a prefeitura apresente as informações pendentes.
Em julho, a administração municipal havia anunciado que arcaria com a reconstrução da estrutura, mas até o momento não apresentou cronograma de execução.
No documento, o MP destaca que “o Ministério Público do Estado do Amazonas, através de sua 62ª Promotoria de Justiça de Manaus, volta a tratar do Inquérito Civil nº 06.2025.00000582-3, instaurado com o objetivo de apurar inércia municipal quanto a reconstrução da passarela localizada na avenida Torquato Tapajós, pois a antiga foi destruída em acidente e é de extrema urgência nova estrutura para atender o intenso fluxo de pedestres. Considerando a ausência de resposta ao Ofício nº 0674/2025/62PJ, Reitera-se em seu inteiro teor, para atendimento no prazo de 15 (quinze) dias úteis”.
A prefeitura chegou a demolir os restos da antiga passarela em agosto e informou que a nova estrutura terá 5,50 metros de altura, um metro a mais que a anterior, feita em estrutura pré-fabricada para garantir segurança e acessibilidade. O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) havia prometido concluir a obra em seis meses, mas o prazo já foi ultrapassado.
A passarela, considerada essencial para a travessia de pedestres em uma das avenidas mais movimentadas da cidade, foi interditada, em julho de 2024, após uma colisão causada por uma carreta-cegonha que transportava maquinário pesado. Desde então, pedestres vêm arriscando a vida diariamente ao atravessar a via.
Apesar de assumir a recontrução da passarela, por meio de nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) afirmou que o município irá bancar a obra com recursos próprios, alegando omissão da empresa responsável pelo acidente e da seguradora envolvida, que não reconheceu até o momento a responsabilidade pelo ressarcimento dos danos. Segundo a prefeitura, o caso está judicializado.
Mesmo que o município alegue que não é “obrigado” a custear a reconstrução, o que está em jogo e é manifestado pela população é o direito fundamental de ir e vir.
