Manaus, terça-feira 23 de dezembro de 2025
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MP-AM denuncia jovens por ‘racha’ que deixou dois mortos na avenida do Turismo

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) ofereceu denúncia à Justiça contra Renan Maciel da Silva, de 20 anos, e Luis Gustavo Silva Lima, de 23 anos, pelas mortes de Yasmin Ferreira de Oliveira e Odorico Manoel Freitas. O caso ocorreu no dia 16 de novembro de 2025, durante uma disputa de “racha” na avenida do Turismo, zona Oeste de Manaus.

Conforme o promotor Gabriel Salvino Chagas do Nascimento, os acusados dirigiam a mais de 120 km/h, o dobro da velocidade permitida na via, quando colidiram com o veículo de Odorico, que não tinha relação com a disputa. O impacto foi tão violento que o carro da vítima capotou, resultando em sua morte imediata. No desdobramento da colisão, o veículo dos denunciados também capotou, arremessando Yasmin para fora do carro, o que causou seu óbito.

O MP-AM sustenta que os jovens agiram com dolo eventual, ou seja, assumiram o risco de matar ao disputar corrida clandestina em via pública. A denúncia aponta duas qualificadoras:

Motivo Torpe: Baseado no exibicionismo, vaidade e busca por satisfação egoística através do racha.

Recurso que dificultou a defesa: As vítimas foram surpreendidas pela velocidade “descomunal”, sem chance de reação.

As investigações revelaram que Renan Maciel teria ingerido bebida alcoólica antes do crime e costumava ostentar rachas em suas redes sociais. Além disso, ambos os condutores estavam com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida.

O Ministério Público solicitou a manutenção da prisão preventiva dos acusados, destacando o aumento alarmante de mortes no trânsito em Manaus, 167 óbitos registrados apenas entre janeiro e setembro de 2025.

“Esses números não podem ser normalizados ou considerados meros acidentes”, afirmou o promotor na denúncia.

Pedido de indenização

Além da condenação criminal, o MP-AM pede que a Justiça fixe um valor mínimo de R$ 50 mil em danos morais para cada uma das seis vítimas (entre mortos e sobreviventes feridos), a ser pago por cada um dos réus. O caso agora segue para a 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus.

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