*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Um estudo revelou que as moscas picadoras, que podem transmitir doenças ao terem contato com humanos, são atraídas por objetos azuis. A publicação no “The Royal Society Publishing”, ocorreu na última quarta-feira (28), e revelou que os insetos confundem a cor com um animal que poderia servir de alimento.
Conforme o cientista do departamento de Ciências da Vida da Universidade de Aberystwyth, responsável por liderar a pesquisa, Roger Santer, foram montadas armadilhas de cor azul em todo o mundo para capturar as moscas. A descoberta é importante para tornar as armadilhas mais eficazes e ajudar no combate das doenças transmitidas por esses animais, como a doença do sono.
“Mas por que as moscas picadoras são especialmente atraídas pelas armadilhas azuis tem sido um verdadeiro enigma para os pesquisadores”, disse Santer ao jornal The Guardian que.
Redes neurais artificiais foram desenvolvidas para imitar o processamento visual do cérebro das moscas picadoras, como a mosca tsé-tsé, responsável pela doença do sono e a mosca-de-estábulo que tendem a transmitir doenças em animais rurais.
Conforme os pesquisadores, a estrutura foi feita para distinguir animais da folhagem no ambiente e sombras nas superfícies, usando apenas as respostas presentes nos olhos das moscas. Após isso, as redes teriam que classificar as armadilhas azuis.
“Este é um objetivo realmente importante porque diferentes espécies de moscas picam espalham doenças entre humanos e animais, então o controle de moscas é uma parte importante do controle de doenças”, disse Santer.
Enquanto as redes neurais detectaram as sombras por falta de brilho, o reconhecimento de bichos envolveu respostas dos fotorreceptores às cores azul e verde. Sendo assim, as armadilhas azuis foram confundidas com animais.
Com isso, foi concluído que objetos azuis se assemelham a potenciais hospedeiros para as moscas. “A descoberta é importante para tornar as armadilhas mais eficazes e ajudar no combate das doenças transmitidas por esses animais, como a doença do sono”, afirmou o cientista.
