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Morte misteriosa de Eduardo Ribeiro completa 123 anos

Sala particular de Eduardo Ribeiro em sua chácara, hoje museu no Centro Histórico de Manaus (Foto: Casa de Doda)
*Da Redação Dia a Dia Notícia

Em 14 de outubro o Amazonas relembra a morte do governador Eduardo Gonçalves Ribeiro, militar originário do Maranhão que firmou raízes e fez carreira na política estadual. Conhecido por obras que até hoje perduram na cidade de Manaus – como o Reservatório do Mocó, a Ponte Benjamin Constant e o Palácio da Justiça – Ribeiro é lembrado como o primeiro governador negro da história do Brasil, embora sua cor e identidade tenham sido apagados da história oficial.

Apelidado de ‘Pensador’ por sua militância ativa no movimento republicano e por editar um jornal maranhense de mesmo nome, Ribeiro chegou ao governo do Amazonas pela primeira vez em 1890 a convite do capitão Augusto Ximeno de Villeroy, primeiro governador republicano designado pelo governo provisório.

Durante sua gestão, Eduardo Ribeiro deu início às obras do Teatro Amazonas e de outras com estética da belle époque, fazendo Manaus ser conhecida como ‘Paris dos Trópicos’ no auge do ciclo da borracha.

Morte

Em 1900, aos 38 anos, Eduardo Ribeiro foi encontrado morto em sua chácara, sentado no chão e com uma corda no pescoço. Oficialmente, foi determinado que o então deputado e presidente a Assembleia Legislativa do Amazonas havia cometido suicídio.

Contudo, há quem defenda a tese de que o ex-governador fora envenenado, visto a forte perseguição política pela qual passava na ocasião. Seu inventário também foi adulterado por diversas ocasiões, deixando poucos bens para sua mãe.

Durante uma palestra em 2019, o presidente da Academia Amazonense de Letras, Robério Braga, destacou a tentativa de apagamento da memória de Eduardo Ribeiro.

“Soterraram seu nome do alto do Teatro Amazonas que havia sido gravado em pedras revestidas de ouro, na lateral superior esquerda do prédio”, relatou.

Em sua tese, Robério pontua que o governador sofreu preconceito por sua cor, origem e baixa estatura, além de sofrer forte perseguição das elites políticas da época.

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