O marqueteiro Duda Mendonça morreu nesta segunda-feira (16), aos 77 anos, em São Paulo. Ele lutava contra um câncer no cérebro e estava internado no hospital Sírio-Libanês havia mais de dois meses. A informação foi publicada pela coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Desde a internação em São Paulo, a pedido da família, as informações sobre o estado de saúde do publicitário não são divulgadas. Casado com Aline Mendonça, ele deixa quatro filhos.
Durante o tratamento, Duda chegou a ser diagnosticado com covid-19 e precisou ser intubado. Baiano de Salvador, chegou a estudar Administração de Empresas, foi corretor de imóveis e criou, em 1975, sua primeira agência de publicidade, a DM9, que teve Nizan Guanaescomo estagiário e depois sócio.
O foco no marketing político veio apenas em 1985, com a conta de Mário Kertész, então candidato a prefeito de Salvador. Pouco tempo depois, elegeu Paulo Makuf para a Prefeitura de São Paulo, ganhando projeção nacional. A mais famosa das campanhas viria em 2002, quando criou o slogan “Lulinha, Paz e Amor” e fez Luiz Inácio Lula da Silva presidente após três tentativas sem sucesso. Também trabalhou com nomes como Miguel Arraes, Ciro Gomes, e Paulo Skaf.
Em nota, o ex-presidente prestou pêsames à família e falou sobre a importância do publicitário. “Duda Mendonça foi um gênio da comunicação política. O seu trabalho na campanha de 2002 já está na história como uma das campanhas mais bonitas e sensíveis da nossa história. Em um momento em que o Brasil sofria com uma crise aguda, racionamento de energia e miséria, Duda Mendonça produziu filmes e mensagens de muita sensibilidade, de que a esperança venceria o medo. Aos seus familiares e amigos, meus sentimentos”, escreveu Lula.
*Com informações do Estadão