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Morre a jornalista e apresentadora Glória Maria, aos 73 anos

Foto: Reprodução

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu nesta quinta-feira (02), no Hospital Copa Star, na zona Sul do Rio de Janeiro. A comunicadora lutava contra metástases cerebrais, mas o tratamento deixou de fazer efeito nos últimos dias.

A TV Globo informou o falecimento em nota. No ano de 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente. Porém, em 2022 começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias.

“É com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria”, informou a Globo.

Entre seus feitos, ela foi a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional e inaugurou e era da alta definição da televisão no Brasil. Além disso, apresentou em mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos.

“Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa”, afirmou Maria.

Vida e carreira no jornalismo

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta. Ela estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.

Maria teve que conciliar os estudos na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) com o emprego de telefonista da Embratel.

Após isso, em 1970, foi levada para ser radioescuta da Globo do Rio. Na emissora, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas não apareciam para as câmeras. A estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.

“Quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a falar, foi o Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem trabalhei”, disse Glória.

Ela trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio — coube a ela a primeira reportagem do matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.

No Jornal Nacional, foi a primeira repórter a aparecer ao vivo. Cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil, durante o período militar, entrevistou chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo.

“Foi quando ele [João Figueiredo] fez aquele discurso ‘eu prendo e arrebento’ – para defender a abertura (1979). Na hora, o filme acabou e não tínhamos conseguido gravar. Aí eu pedi: ‘Presidente, é a TV Globo, o Jornal Nacional, será que o senhor poderia repetir? Problema seu, eu não vou repetir’, disse Figueiredo. Onde ela chegava, o ex-presidente dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’”, relembra.

 

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