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Moradores do Planalto, na zona Centro-Oeste de Manaus, perdem o sono por risco iminente de deslizamento

*Da Redação Dia a Dia Notícia

O período de chuvas tem deixado milhares de moradores das mais de 1,6 mil áreas de risco da cidade com medo. São mais de 52 mil residências nestas áreas, com 360 mil cidadãos vivendo em condições de perigo, segundo a Prefeitura de Manaus. E a situação se agrava em áreas onde o município não garante agilidade à necessidade com a qual problemas erosivos precisam ser resolvidos em prol da segurança dos moradores. Esta é a situação do conjunto Jardim Belvedere, bairro Planalto, na zona Centro-Oeste.

A erosão na área teve início em 2021, quando um deslizamento de terra acabou levando muro e guarita do conjunto, agravando em 2023. O local virou uma enorme erosão, que compromete a segurança de moradores.  As ruas mais afetadas são a Umberto Lobato e Quitéria Nobre. A terra que circunda as casas está úmida, fofa, alertando sobre a gravidade da situação.

Moradores da área relataram que a Prefeitura de Manaus começou uma obra no local em março de 2023, há quase 1 ano, porém vai e volta com o serviço. Entre as justificativas está a falta de material. Cansados com tanta demora, moradores chamaram a atenção da imprensa, gravando vídeos, denunciando a situação. No dia 17 de janeiro, equipes de obras da Prefeitura voltaram ao local.

“Apesar disso, ainda não estamos tranquilos, pois sabemos que é um longo trabalho. Podiam ter resolvido no início, mas deixaram a situação se agravar. E quem nos garante que daqui a uns dias não pararão com os trabalhos”, destacou Leopoldo Ferreira, morador da rua Umberto Lobato.

O novo prazo dado pela Prefeitura é da conclusão dos trabalhos em março de 2024. Enquanto isso, as casas acumulam rachaduras e seus proprietários torcem para que as chuvas sejam brandas. Morador da rua Umberto Lobato há mais de 30 anos, Licínio Santos relatou que há muitos anos entrou com contato com a Prefeitura, explicando o problema, ainda em fase inicial, porém nada foi feito.  No lado em que ele mora a erosão devastou a área verde do conjunto.

“Eu já entrei em contato com a Prefeitura várias vezes. A placa da obra lá na frente falava em conclusão dos trabalhos em 90 dias. Fará um ano em março”, disse.

Segundo os moradores, a situação tem tirado o sono das famílias da área. “Nossos muros estão quebrados, calçadas estouradas, com chuva ou sem chuva, nossas noites não são mais as mesmas: vivemos tensos, com medo de uma tragédia. Estamos pedindo socorro e urgência nisso”, disse Ferreira.

Em entrevista a uma rádio local, o secretário de Habitação do município, Jesus Alves, disse que a construção das primeiras 3,6 mil unidades habitacionais pela Prefeitura poderá ter ordem de serviço assinada ainda no próximo mês de fevereiro.

Apesar disso, o relato de moradores do bairro Campos Elíseos dá mostras de que outras medidas na política habitacional do município precisam ser tomadas com urgência para que tragédias sejam evitadas.

“Minha casa está avaliada em R$ 700 mil. Eu construí minha vida toda aqui. Não posso sair da minha casa sem pagarem o que ela vale”, destaca a aposentada Naide Guimarães, moradora da rua Quitéria Nobre.

A reportagem do Dia a Dia Notícia entrou em contato com a Seminf por meio de assessoria, mas não recebeu uma resposta definitiva até o fechamento desta matéria.

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