Manaus, sexta-feira 5 de dezembro de 2025
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Mobilização na UEA defende projeto agroecológico ameaçado em Manaus

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

Professores, estudantes e membros de movimentos sociais realizaram um ato em defesa da agroecologia, da educação e da arte na Escola Normal Superior (ENS) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na tarde dessa terça-feira (14). A mobilização visou garantir a permanência do Projeto Arte & Escola na Floresta no Centro de Treinamento Agroflorestal (CTA), localizado no Assentamento Água Branca, na Área de Proteção Ambiental Adolpho Ducke, diante de uma ameaça de remoção.

Atualmente gerido de forma coletiva pelo Instituto Tera Kuno, que desenvolve atividades no local há cinco anos, o espaço enfrenta uma crise desde que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nomeou a Associação de Moradores local como nova gestora temporária.

A decisão ignora o trabalho consolidado do instituto, que iniciou suas atividades após ser autorizado pelo Musa, construtor original do centro, antes que este devolvesse a área ao INCRA, enquanto o Instituto Tera Kuno tenta regularizar o espaço há três anos. A tensão se agravou com o surgimento de uma terceira organização, desconhecida na comunidade e sem plano de trabalho aparente, aumentando o temor de que a função agroecológica do CTA seja desvirtuada em uma área já pressionada pela expansão urbana.

Para Ceane Simões, professora do curso de pedagogia da UEA, o CTA transcende a excelência em práticas agroecológicas, firmando-se como um polo de experimentação que fortalece laços com instituições públicas. “Nossa parceria com o projeto Arte & Escola na Floresta possibilita aos estudantes de pedagogia uma ampliação de seu repertório vivencial e estético sobre saberes comunitários. São experiências que aprofundam a pesquisa e valorizam novas concepções educativas. Seu caráter público e de interesse social está demonstrado nos diversos trabalhos realizados nos últimos anos”, afirma.

Desde que iniciou a ocupação, o Instituto Tera Kuno se tornou referência, impactando mais de três mil pessoas com cerca de 220 cursos e capacitações, realizados em parceria com instituições como o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a própria UEA. A descontinuidade representaria uma perda significativa para a comunidade e para a promoção da agroecologia na região.

 

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