O ministro da Educação Milton Ribeiro atribuiu a baixa adesão de estudantes ao Enem em 2021 ao fato de professores terem se recusado a voltar às salas de aula ao longo dos últimos meses. Muitos profissionais não se sentiam seguros em retornar antes de completar o esquema vacinal contra a Covid-19.
O Exame Nacional do Ensino Médio 2021 registrou a menor participação na prova desde 2005. Segundo Milton, o MEC “nunca se furtou a dar todas as condições para que o retorno das aulas fosse possível”.
“Alguns professores que não retornaram e parlamentares que apoiaram o não retorno às aulas não podem cobrar agora”, afirmou o ministro.
O ministro também afirmou que não houve interferência do governo no conteúdo das provas, conforme denunciaram funcionários do Inep, que pediram demissão coletiva nos últimos dias.
“Talvez se tivesse interferência, pode ser até, hipoteticamente, que algumas perguntas nem estivessem ali. Não houve qualquer interferência em escolha de perguntas”.
As suspeitas ficaram mais fortes quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o Enem teria, agora, a cara do governo. Milton Ribeiro afirmou que “tem mesmo. Seriedade, transparência, assuntos de cunho acadêmico, sem desvio de recursos, sem vazamento de questões ou provas. Essa é a cara do nosso governo”, afirmou.