*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A ministra da Mulher no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aparecida Gonçalves, defendeu o avanço do aborto no Brasil. “O que for possível avançar para legalizar o aborto, nós vamos avançar”, apontou a ministra.
Embora o petista tenha dito que era contra o aborto para ganhar os evangélicos e parte da população, levando em consideração suas falas sobre o tema antes das eleições, o seu governo se dirige no caminho abortista. Aparecida apontou a dificuldade da pauta se estender por causa do perfil conservador do Parlamento.
“Da forma como está colocado hoje pelo Congresso e da forma como está sendo convocado pelo Senado, qualquer discussão sobre aborto, nós vamos perder mais do que nós vamos avançar”, afirmou Gonçalves.
Em entrevista para um jornal de São Paulo, na terça-feira (3), ela ainda apontou que “o que for possível avançar para legalizar o aborto, nós vamos avançar. Agora, se for para retroceder, é melhor a gente assegurar o que está garantido em leis”.
No Brasil, o aborto é considerado legal em casos de estupro, de feto anencéfalo ou quando há risco de morte da mãe. Além disso, estão disponíveis casas de adoção para cuidadoras sem possibilidade de criar os bebês.
Defesa do desarmamento
Aparecida defendeu também o desarmamento durante o governo petista. Para a ministra, “quanto mais aumenta o direito a posse de armas, mais aumenta o assassinato das mulheres”, observou. É válido lembrar que o acesso dos civis às armas deve passar por uma série de processos, como a verificação da ficha criminal do portador.
“Essa é uma questão muito importante para nós, ela é fundamental. Ela é urgente. Além da urgência da campanha do desarmamento, nós temos que fazer uma campanha com a mulher, de não ódio, de não misoginia”, disse Aparecida.