*Da Redação Dia a Dia Notícia
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nessa sexta-feira (10/3), após participar de evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que antecipará a vacinação contra a influenza na Região Norte, com as primeiras remessas do imunizante chegando a partir da semana que vem. Normalmente, a vacinação começa em abril em todo o país.
“O Brasil é muito desigual, e não se pode ter um calendário único de vacinação. Nós estamos antecipando na Região Norte porque lá eles sofrem com a questão do vírus de influenza de forma antecipada. A visão é buscar, tanto quanto possível, atender as diferenças regionais no Brasil”, disse a ministra.
Com relação à vacina bivalente contra a covid-19, Nísia reforçou que o imunizante é de reforço e que é necessário que o indivíduo tenha tomado pelo menos duas doses anteriores, conforme orientação científica. Ela disse que, neste momento, o foco deve ser não só de incentivar as pessoas a receberem a bivalente como de completar o esquema vacinal.
Segundo Nísia Trindade, já houve pactuação com os estados e municípios para reduzir o número de pessoas que não tomaram a dose de reforço contra a covid-19, e a meta é chegar a 90% da população coberta pelo esquema vacinal. “Estaremos com esse movimento ao longo de todo ano, para chegar o mais próximo possível desse objetivo. Há muitas dificuldades por conta de fake news e outros fenômenos que impactam. Nossa parte é facilitar ao máximo o acesso”.
A ministra disse que os estoques de vacinas infantis estavam zerados e insuficientes, no caso das bivalentes, no momento em que assumiu o ministério. Por isso, disse, em vez de campanhas pontuais, o governo articula um movimento de imunização, incluindo a covid-19. “Em relação a crianças e adolescentes, também estamos buscando intensificar essa vacinação com uma ação com o Ministério da Educação para a vacinação nas escolas, que ainda está sendo construída”, disse.
Com relação à vacinação contra a varíola dos macacos (monkeypox), a ministra ressaltou que no momento não há previsão de aumento de público-alvo, porque o ministério segue as orientações internacionais. “Mas, em caso de doenças que possam ter impactos em outro segmento, temos a vigilância permanente e o estudo. Isso é o que fizemos logo em um primeiro momento com a retomada do Comitê Técnico Assessor das Políticas de Imunização, se haverá alguma mudança. Nesse momento, não há indicativo de necessidade”.
Nessa primeira fase, terão prioridade na imunização contra a monkeypox pessoas com maior risco de evolução para as formas graves como, por exemplo, pessoas que vivem com aids e profissionais de laboratórios. De acordo com o Ministério da Saúde, esse público-alvo inicial representa cerca de 16 mil pessoas.