*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Posto de Coleta de Leite Humano da Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enfrenta um nível crítico em seu estoque de leite materno e necessita urgentemente de doações para garantir a nutrição de bebês internados que não podem ser amamentados por suas mães.
Segundo a prefeitura, a principal preocupação é assegurar que os recém-nascidos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade continuem recebendo leite materno. Se o número de doadoras não aumentar, o leite disponível poderá ser racionado.
Mulheres saudáveis que estejam amamentando podem contribuir para salvar a vida de recém-nascidos, mesmo que tenham dado à luz em outras maternidades, públicas ou particulares. As doações podem ser realizadas sem a necessidade de sair de casa, agendando a coleta domiciliar pelo telefone (92) 98842-8514, via WhatsApp, de segunda a sexta-feira, em horário comercial. A doação também pode ser feita presencialmente na sede da maternidade, localizada na avenida Brasil, n° 1.335, bairro Compensa 1, das 8h às 17h.
Para facilitar o processo, o posto dispõe de um serviço de coleta domiciliar, com motoristas que retiram o leite diretamente na casa das doadoras, substituindo os frascos cheios por vidros esterilizados em horários previamente combinados.
Em 2023, o posto contou com a doação de 364.819 mililitros de leite materno de 77 mulheres, sendo setembro o mês com maior arrecadação, ultrapassando 60.000 mililitros. No entanto, dezembro apresentou o menor índice de doações, com apenas 17.570 mililitros.
Desde 2005, o Posto de Coleta de Leite Humano da MMT oferece suporte 24 horas para pacientes internadas e, em horário comercial, presta orientações sobre aleitamento materno para puérperas e mães em fase de amamentação. Todo o leite recebido é analisado, pasteurizado e submetido a rigorosos controles de qualidade antes de ser disponibilizado para os bebês, em conformidade com a RDC nº 171, que regulamenta os bancos de leite humano no Brasil.
A amamentação é fortemente recomendada pelo Ministério da Saúde até os dois anos de idade ou mais, sendo exclusiva até os seis meses. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, a amamentação exclusiva até o sexto mês salva cerca de 6 milhões de vidas anualmente.
