*Lucas dos Santos – Especial para Dia a Dia Notícia
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que a rodovia BR-319 passe por uma avaliação ambiental estratégica de forma que comprove sua viabilidade ambiental. Sob a sigla AAE, o estudo é mais abrangente do que os de impacto ambiental e busca medir os efeitos do empreendimento em todos os seus arredores. A fala ocorreu durante entrevista à imprensa nesta segunda-feira (21) na abertura oficial do VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa.
Na ocasião, a ministra explicou sobre o “acordo” noticiado pela imprensa entre sua pasta e o Ministério dos Transportes para viabilizar a pavimentação da estrada que liga Manaus a Porto Velho. Segundo ela, não se trata de um acordo, mas de um procedimento que é utilizado no mundo inteiro para empreendimentos de grande porte.
“Eu tenho a alegria de dizer que o ministro Renan Filho (MDB), nessa gestão do terceiro mandato do presidente Lula (PT), concordou em fazer esses estudos para a BR-319. Além disso, um processo de gestão do território, fazendo a destinação correta das áreas que não foram destinadas para unidades de conservação”, disse.
Há quase 20 anos, Marina Silva defende que a BR-319 passe pela avaliação ambiental estratégica em vez do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que é mais específico e faz parte da AAE, mas não é o processo inteiro. Além do impacto ambiental, o estudo defendido pela ministra busca entender quais podem ser as consequências de um empreendimento nos arredores e que medidas devem ser tomadas para mitigar eventuais danos ambientais.
“Eu sempre digo que a gente não diz apenas o que não pode, mas como pode e da forma certa. Quando é possível, a gente tenta encontrar os caminhos. Quando você diz ‘é possível fazer alguma coisa, desde que’, a resposta imediata é dizer que é contra. Se você coloca um ‘desde que’, imediatamente está sendo contra. É possível fazer algo, desde que se façam os estudos”, disse.
