*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Em 2019, Jair Bolsonaro fez história ao se tornar o primeiro presidente do Brasil a participar de uma Marcha para Jesus. Durante o evento, foi fotografado simulando um gesto de arma, como se estivesse executando alguém no chão. Em 2022, buscando a reeleição, Bolsonaro participou novamente da marcha, desta vez em Vitória, no Espírito Santo, acompanhado pelo senador evangélico Magno Malta (PL-ES) e outros candidatos que disputariam as eleições daquele ano. A manifestação foi marcada por símbolos polêmicos, incluindo uma arma gigante e um caixão com o símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT), em um contexto de forte tensão política, poucas semanas após um petista ter sido assassinado por um apoiador de Bolsonaro em uma discussão política.
Este ano, a Marcha para Jesus do Rio de Janeiro teve participação de pré-candidato à prefeitura e ataques ao STF. No ano passado, a Marcha na capital paulista reuniu aproximadamente 3 milhões de pessoas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi à marcha em São Paulo. Ele respondeu com uma carta em que agradecia pelo “honroso convite” e enviou como representantes a deputada Benedita da Silva (PT) e Jorge Messias, advogado-geral da União, que foi vaiado durante seu discurso. Na edição deste ano, na quinta-feira (30), Messias será novamente o representante do presidente.
A aprovação do governo Lula entre os evangélicos segue baixa. Na opinião de Christina Vital, professora do Departamento de Sociologia e coordenadora do Laboratório de Estudos Sócio-Antropológicos em Política, Arte e Religião da Universidade Federal Fluminense (UFF), a esquerda ainda falha na comunicação com esse público.