*Da Redação Dia a Dia Notícia
Marcelo Augusto Xavier da Silva deixou a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai). A portaria com sua exoneração foi publicada na Diário Oficial da União desta quinta-feira (29).
Marcelo Xavier assumiu o comando da Funai em julho de 2019, substituindo o general Franklimberg Ribeiro de Freitas, que deixou o cargo em junho do mesmo ano.
Atualmente, a Funai é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas deverá ser transferida para o Ministério dos Povos Indígenas, a ser criado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará posse no próximo domingo (1°). O novo ministério será dirigido por Sonia Guajajara, líder indígena que foi oposição a Xavier durante a gestão de Bolsonaro.
Polêmicas
Xavier esteve presente em diversas polêmicas durante o governo Bolsonaro. O agora ex-presidente da Funai é acusado de pedir à Polícia Federal que abrisse um inquérito para investigar Guajajara e outros ativistas da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) por acusações que difamaram o governo federal durante a série na web Maracá, veiculada no ano de 2020, pela defesa dos povos indígenas e contra violações de direitos cometidas contra os nativos durante a pandemia de Covid-19.
Já no mês de agosto deste ano, foi revelado um áudio de uma conversa entre Xavier e um servidor da Funai preso por arrendar áreas da Terra Indígena Marãiwatsédé, do povo xavante, em Mato Grosso. O então presidente do órgão, disse em mensagem de voz, ao servidor que ele mesmo iria procurar as corregedorias da PF e da Funai para ‘atuar nisso’.
Na época, Marcelo afirmou por meio de uma nota, haver ocorrido um vazamento ‘descontextualizado’ e que ele não estava entre os indiciados ou denunciados pelas irregularidades no caso.