*Da Revista Cenarium
MANAUS – Pelo menos oito das 19 capitais brasileiras que tiveram disputas às prefeituras no segundo turno das eleições municipais, registraram mais de 30% de abstenção. Nesse ranking, Manaus foi a que obteve o terceiro menor índice, com 22,43%, perdendo apenas para Belém (PA) e Recife (PE), que registraram 20,77% e 21,26%, respectivamente, apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A maior abstenção, segundo o TSE, ocorreu em Goiânia (GO), com 36,75%. A menor foi em Belém, onde o candidato Edmílson Rodrigues (PSOL), venceu a disputa contra Delegado Federal Eguchi (Patriota).
Já em Manaus, David Almeida (Avante) venceu Amazonino Mendes (Podemos), com 51,27% dos votos válidos, em uma disputa entre ex-governadores. No primeiro turno, David havia ficado em segundo em número de votos, atrás de Amazonino.
A abstenção na capital amazonense somou 298.712 eleitores. Já o comparecimento chegou a 1.032.901, sendo 910.717 (88,17%) com votos em candidatos concorrentes, 43.232 votos brancos e 78.952 nulos. O total de seções foi de 3.371. Somados os brancos, nulos e as abstenções, chega-se a 420.896, número bem próximo ao de votos dados ao vencedor da eleição, que foi 466.970.
Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, a abstenção dos eleitores no segundo turno foi maior que o desejável pela Justiça Eleitoral. Ele afirmou, em entrevista coletiva concedida após o pleito, que a pandemia da Covid-19 fez com que parte do eleitorado deixasse de comparecer às urnas.
A média no segundo turno, calculada pela TSE, incluindo todas as cidades com mais de 200 mil habitantes onde houve disputas, foi de 29,50%, o equivalente a 11,1 milhões de pessoas. O índice foi superior aos das últimas eleições, que tiveram em média 21% de faltosos.