*Franciane Silva – Da Redação Dia a Dia Notícia
Durante todo o ano de 2023, foram registrados 1.312 roubos à ônibus do transporte coletivo na cidade de Manaus. Os números apontam que, por dia, cerca de 3 a 4 assaltos ocorreram no ano passado. Os dados são da Secretária de Segurança Pública do Amazonas.
De acordo com dados da SSP-AM, disponível por meio do Painel de Indicadores Criminais, houve uma redução de 23% em comparação ao mesmo período de 2022, onde foram registrados 1.738 roubos a ônibus.
As zonas Norte e Oeste da capital registraram as maiores reduções. Algumas das principais linhas que mais sofrem com assalto são 560, 640, 448, 550, 500, entre outros, que atendem principalmente a zona Norte.
Em alguns casos, os criminosos obrigam o motorista do coletivo a realizar um desvio de rota para áreas que facilitem a fuga. No ano passado, alguns vídeos circularam nas redes sociais, onde passageiros aparecem pulando de um ônibus em movimento para fugir de criminosos.
Além disso, em algumas situações os assaltantes fazem uso de violência para intimidar os passageiros, e utilizam armas de fogo ou armas brancas. Há casos em que as vítimas decidem reagir, mas acabam sendo feridas ou até mesmo mortas.
Furtos
Os usuários do transporte público também sofrem com furtos que ocorrem principalmente nos horários de pico, onde criminosos se misturam aos passageiros e aproveitam o momento para praticar o crime. Um dos itens mais furtados são os aparelhos celulares. Tudo acontece na subida ou descida dos ônibus, devido ao maior fluxo de pessoas em determinados horários nos principais terminais e estações da cidade.
Medo e Insegurança
Em entrevista ao Dia a Dia Notícia, o estudante Gabriel Rosário, de 20 anos, relatou que apenas nos primeiros meses deste ano, já foi vítima dos criminosos em duas situações distintas.
Em uma primeira ocasião, ele foi furtado em uma estação de ônibus ao embarcar em um coletivo. “Eu estava voltando do trabalho, e decidi pegar o ônibus em uma estação para fazer integração. Com a chegada do ônibus, segurei o celular contra o peito e na hora de embarcar, fui empurrado e em seguida tive o aparelho arrancado de mim. Foi tudo muito rápido. Com a lotação, foi difícil visualizar os suspeitos”.
Pouco mais de um mês, o jovem foi vítima novamente de criminosos, onde foi ameaçado a entregar o aparelho celular.
“Da segunda vez, estava indo pro trabalho, o ônibus não tava lotado. Estava perto de descer no meu destino, quando um homem encostou algo em mim, que não pude identificar, mas que seria uma faca. Ele me ameaçou e pediu que eu entregasse o celular. Infelizmente, por medo, entreguei o aparelho e ele desceu. Foi a segunda vez, e ainda estava pagando”.
Gabriel Rosário diz que muitas das vezes se sente inseguro e com medo. “A gente fica mal né, trabalhamos pra ter um bem ou objeto, nos esforçamos pra pagar e vem alguém, que leva em questão de minutos”.
