*Da Redação Dia a Dia Notícia
O avanço tecnológico tornou a comunicação mais prática, com as criações de redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. Ao mesmo tempo, os perigos que assolam o meio virtual acabaram ficando mais comuns, no sentido de que pessoas de má fé utilizam os mecanismos para malícias virtuais.
A Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), registrou nos últimos três anos, 6.857 registros de Boletins de Ocorrências (BOs) por crimes cometidos por meio de aplicativos de mensagens instantâneas e rede sociais.
O delegado Antônio Rondon, titular da Dercc, explica que a unidade especializada está atuante desde 2021, ano em que registrou 966 ocorrências. Em 2022, a delegacia contabilizou 2.927 registros e, até agosto deste ano, está com uma marca de 2.964 BOs.
Ainda segundo o delegado, foi possível identificar, também, quantas ocorrências são registradas diariamente na Dercc. Em 2021, a média de registro diário eram dois BOs e oito em 2022. Atualmente, registramos 12 BOs por dia.
“Podemos observar que a delegacia vem recebendo uma certa visibilidade nos últimos meses, e como os crimes virtuais são constantes, as pessoas entendem que precisam formalizar a ocorrência para tentar aparar os danos sofridos. Por isso, o aumento nos números de registro de ocorrência neste ano”, disse.
O delegado salienta que dessa média de 12 ocorrências registrada na Dercc, o crime mais comum é o de falsa identidade, quando o indivíduo utiliza perfil falso no whatsApp. Ocasião que o infrator se passa por um familiar da vítima e começa a solicitar transferência em dinheiro via mecanismo pix.
“Temos um caso que aconteceu ontem, uma mulher nos procurou para relatar que recebeu mensagens de uma pessoa dizendo que era seu filho, o mesmo solicitou certas quantia em dinheiro via pix. Por sua vez, ela tinha certeza que estava falando com o familiar e acabou efetuando a transferência mais de uma vez”, informou.
A autoridade policial também apontou que outro golpe comum é o de hackeamento de instagram, que acontece quando o indivíduo começa a ser passar por aquele usuário e faz proposta de vendas naquela página muito abaixo do preço de mercado.
“Mas além desses há vários outros crimes como o vazamento de fotos íntimas, extorsão, ameaças, os crimes contra a honra que são difamação; calúnia e injúria. E tudo isso ocorre no meio virtual por pessoas usando perfis falsos, como forma de vingança ou apenas para extração de dinheiro”, pontuou.
Orientações
O delegado reforça a necessidade do cuidado ao navegar pela internet. É preciso ter atenção em ofertas tentadoras, por exemplo, vendas de produtos abaixo do preço de mercado; compartilhamento de imagens íntimas para terceiros; ou controle de pais e responsáveis sobre o que os filhos acessam em seus aparelhos celulares.
Os Boletins de Ocorrência podem ser registrados em qualquer delegacia, inclusive pela Delegacia Virtual (Devir), no endereço eletrônico: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/.
As vítimas também podem registrar na Dercc, localizada nas dependências da Delegacia Geral, avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste.