*Lucas dos Santos, da Redação Dia a Dia Notícia
O Congresso Nacional votou pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) à ampliação do Fundo Eleitoral, vulgo Fundão. Bolsonaro havia vetado a ampliação dos recursos de financiamento eleitoral quando sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referente a 2022. Com isso, o Fundão passará de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões.
O veto foi analisado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal. Os deputados derrubaram o veto por um placar de 317 votos contra 143, enquanto os senadores mantiveram a decisão com 53 votos a favor da derrubada e 21 contra.
O senador Telmário Mota (PROS-RR), que votou pela derrubada do veto presidencial, afirmou que ser contra o aumento do Fundão é usar um discurso “fácil e demagógico”.
“Como um líder comunitário vai conseguir disputar uma eleição com um grande empresário ou um descendente de uma oligarquia? O sistema de financiamento privado quase comprometeu a democracia brasileira. Escolheu-se o financiamento público. É preciso o financiamento ser igualitário para todos”, afirmou o senador.
Boa parte da oposição se uniu aos parlamentares governistas pela derrubada do veto. O único partido de oposição que votou contra o aumento do Fundão foi o PSOL. A líder do partido na Câmara, deputada Talíria Petrone (RJ), afirmou que não é contra o financiamento público de campanha, mas considerou que o valor aprovado não é razoável, posicionamento compartilhado pela também pessolista Sâmia Bomfim (SP):
“Defendo o financiamento público de campanha, acho o financiamento privado-empresarial uma aberração, corrupção institucionalizada. Mas sejamos minimamente razoáveis”, afirmou.
Bancada amazonense
A maioria dos parlamentares do Amazonas votou a favor da derrubada do veto que resultou no aumento do fundo eleitoral.
Os deputados Átila Lins (PP), Bosco Saraiva (Solidariedade), José Ricardo (PT), Sidney Leite (PSD) e Silas Câmara (Republicanos) votaram a favor do aumento do Fundão. O deputado Alberto Neto (Republicanos) foi o único que votou pela manutenção do veto de Bolsonaro. Marcelo Ramos (PL) não votou por estar presidindo a sessão na Câmara.
No Senado Federal, Eduardo Braga (MDB) votou a favor do aumento do Fundão, enquanto Plínio Valério (PSDB) votou contra. Omar Aziz (PSD) não esteve presente na sessão que discutiu a derrubada do veto.