Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, recusou participação na cerimônia de encerramento da CPI da covid-19, que seria realizada no dia 19 de outubro. Em entrevista à coluna da Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a mãe do ator, morto em decorrência da doença, em maio, ainda criticou o uso do nome do filho para “fazer política”.
Não vou participar de jeito nenhum. Essa CPI virou uma CPI política, comandada por Renan Calheiros e Omar Aziz. Você acha que é séria e que vai dar em alguma coisa? Já estão em ano eleitoral. Não vou me prestar a isso. Vou fazer meus discursos no momento certo, nas minhas redes, e como fiz no Criança Esperança e no programa da Ana Maria (Braga). Me meter com política eu não vou.
Déa Lúcia disse que havia sido convidada nesta semana para participar do evento. Ontem, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-Alagoas), anunciou o cancelamento de evento de homenagem a vítimas de covid-19, para o qual a mãe de Paulo Gustavo havia sido convidada. Dentre os nomes, também estaria o de Glória Menezes, viúva do ator Tarcísio Meira.
“Já tivemos mil coisas para fazer o impeachment desse cara. O Centrão tem coragem? Vou me meter nesse ninho de gato? Nunca me meti, não vou me meter agora. Vou me meter no momento certo, de acordo com o candidato que tiver. Se surgir uma terceira via. Me parece que está pintando, mas não tem nada confirmado”, disse.
Durante a entrevista, a mãe do ator também afirmou que foi convidada para ser candidata a senadora, mas não revelou por qual partido. No entanto, ela também disse não estar interessada nos ofícios políticos e revelou descrença com os resultados da CPI.
“Como usam o nome dele [Paulo Gustavo]. É impressionante. Se precisarem de mim para uma campanha séria, para crianças e para idosos, eu vou. Pode me telefonar. Para política, não. Achei que seria uma CPI séria, mas não foi. Não vai dar em nada, vai acabar em pizza”, afirmou.
*Com informações da Uol