*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nesta quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o reajuste extra no valor do salário mínimo, que passa de R$ 1.302,00 para R$ 1.320,00. Lula também informou que a isenção do Imposto de Renda subirá para R$ 2.640, que corresponde a dois salários mínimos.
O aumento do piso nacional deve ser implementado a partir de 1º de maio. Em janeiro, o valor do benefício já havia sido reajustado. Nessa quinta-feira, o petista ainda detalhou que, ao longo do mandato, a isenção do IR deve aumentar, progressivamente, até atingir os R$ 5 mil.
“É um compromisso meu com o povo brasileiro, que vamos acertar com o movimento sindical, está combinado com o Ministério do Trabalho, com o ministro [da Economia] Haddad, que a gente vai em maio reajustar para R$ 1.320 e estabelecer uma nova regra para o salário mínimo, que a gente tinha no meu primeiro mandato”, disse o presidente à CNN.
“Vamos começar a isentar a partir de R$ 2.640 e depois nós vamos gradativamente [aumentando] até chegar a R$ 5 mil”, acrescentou à CNN.
A elevação da faixa de isenção do IR até R$ 5 mil foi uma das promessas de campanha do petista, que seguiu sendo repetida nas primeiras semanas do governo. Segundo Lula, a medida chegou a ser motivo de discussão com economistas do partido.
“Meus companheiros sabem que tenho briga com economistas do PT. Vocês sabem que o pessoal fala assim ‘Lula, se a gente fizer isenção até R$ 5 mil, são 60% de arrecadação do País, de pessoas que ganham até R$ 6 mil’. Ora, então vamos mudar a lógica. Diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, detalhou o presidente ainda em janeiro, durante evento no Palácio do Planalto com sindicalistas.
O ministro da Economia já declarou, em outra ocasião, que a mudança no Imposto de Renda deve ficar somente para o segundo semestre, após a aprovação da reforma tributária.
Sem reajuste desde 2015, atualmente, contribuintes com renda tributável superior a R$ 1.903,98 mensal pagam Imposto de Renda. Especialistas ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo indicam que elevar a taxa de isenção para R$ 5 mil pode representar um impacto mínimo de R$ 100 bilhões, o que poderia ser um golpe significativo na arrecadação do País.