O professor Luis Felipe Manvailer foi condenado a 31 anos de prisão pela morte da esposa, a advogada Tatiane Spitzner, 29, em julgamento no Tribunal do Júri que terminou ontem, dia 10, depois de sete dias. Os jurados o consideraram culpado por homicídio qualificado por feminicídio, motivo fútil, mediante asfixia e meio cruel, e fraude processual.
Ao ler a sentença, o juiz citou provas que indicaram que a vítima sofria um relacionamento abusivo e relembrou casos famosos de feminicídio, como os de Ângela Diniz e de Eloá Cristina.
O júri era composto por sete homens. A transmissão do julgamento foi pausada no momento da contagem dos votos, portanto não é possível dizer o placar final.
Pela lei, ao se chegar à maioria de quatro votos pela condenação ou absolvição, encerra-se a contagem.
A acusação alegou que Manvailer asfixiou Tatiane e a atirou pela sacada após uma discussão.
Vizinhos ouviram gritos e imagens das câmeras de segurança do edifício mostram a advogada sendo agredida pelo marido antes de morrer.
Os vídeos mostram que ele recolheu o corpo da mulher da calçada e o levou de volta ao apartamento, antes de tentar fugir. Também apagou marcas de sangue do elevador.
Manvailer acabou preso no mesmo dia, após bater o carro na rodovia, em São Miguel do Iguaçu, próximo da fronteira do Brasil com o Paraguai, a cerca de 340 km de Guarapuava. Já a defesa afirmou que Tatiane se matou após uma discussão.
O depoimento de Manvailer no júri ocorreu neste domingo (9) e durou cerca de onze horas. Ele foi questionado pelo juiz, pelos jurados e por advogados de defesa, mas não respondeu às perguntas da acusação.