*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A desembargadora Vânia Marques Marinho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), manteve a prisão de Bruno da Silva Gomes, acusado de participar do assassinato do jovem palestino Mohammad Manasrah, de 20 anos, ocorrido em Manaus. A magistrada também negou o pedido de anulação do processo, em decisão assinada no último dia 20 de outubro.
A defesa de Bruno havia solicitado a libertação do réu e a nulidade da ação penal, alegando cerceamento de defesa. Segundo os advogados, o exame de DNA que indicou ausência de sangue da vítima na camisa do acusado foi anexado ao processo após a sentença de pronúncia, ou seja, quando o juiz já havia decidido levá-lo a júri popular. Para a defesa, esse fato comprometeria a validade do julgamento.
Ao analisar o caso, Vânia Marinho destacou que o pedido sequer havia sido submetido ao juiz responsável pela ação, Fábio César Olintho de Souza, e afirmou não haver prova de prejuízo concreto à defesa. “Embora o laudo pericial tenha sido juntado após a pronúncia, o magistrado já havia formado seu convencimento com base em um conjunto probatório robusto, especialmente nos depoimentos da vítima sobrevivente e de uma testemunha ocular”, escreveu.
Bruno da Silva Gomes e Robson Silva Nava Júnior foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) em 5 de março pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. As investigações apontam que o crime ocorreu por volta das 2h da madrugada, na Rua Rio Içá, em frente à casa noturna Rox Club e Lounge, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul da capital.
De acordo com a denúncia, Mohammad foi morto com um golpe de garrafa quebrada no pescoço, enquanto o irmão dele, Ismail Manasrah, sofreu ferimentos no rosto e nas costas ao tentar defendê-lo. O MPAM sustenta que o crime foi cometido por motivo fútil e mediante traição, circunstâncias que podem agravar a pena dos acusados em eventual condenação.
