*Da Redação Dia a Dia Notícia
A 5.ª Vara Criminal da Comarca de Manaus iniciou, na última sexta-feira (10), a audiência de instrução do processo que tem como principal acusada a educadora física Sophia Livas de Morais Almeida, investigada por exercer ilegalmente a medicina na capital amazonense. Durante a sessão, a juíza Aline Kelly Ribeiro Marcovicz Lins manteve a prisão da ré, indeferindo um pedido apresentado pela defesa.
Na sessão, foram ouvidas três vítimas. A advogada de uma delas foi aceita para atuar como assistente de acusação. A pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), que solicitou a oitiva de outras vítimas e de uma testemunha sigilosa, a audiência foi suspensa e remarcada para o dia 17 de outubro.
Durante a audiência, a defesa da principal acusada pediu liberdade provisória, mas o Ministério Público se manifestou contra e a magistrada indeferiu o pedido, mantendo a mulher presa.
Denúncia
De acordo com o MP-AM, entre 2023 e 2025, a acusada teria atuado de forma reiterada e consciente, obtendo vantagem ilícita ao se apresentar como médica especialista, mesmo sem possuir formação acadêmica nem registro no Conselho Federal de Medicina. Ela teria atendido adultos, gestantes e crianças, inclusive com deficiência, em clínicas particulares e em sua residência, prescrevendo medicamentos e emitindo atestados falsos, colocando em risco a saúde dos pacientes.
Outros acusados
Além dela, dois outros réus respondem ao processo. Um deles teria auxiliado na confecção e digitalização de atestados e receituários falsificados com dados de pacientes obtidos em um hospital público. A terceira acusada, que trabalhava como secretária em uma clínica, teria fornecido receituários e atestados com dados profissionais de seu empregador, um médico, também utilizados nas fraudes.
Crimes
Na denúncia, o MP pede que a falsa médica seja condenada pelos crimes de perigo para a vida ou saúde de outrem, furto qualificado, estelionato majorado, exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, falsidade de atestado médico comprometido e falsa comunicação de crime. Os outros dois acusados respondem por estelionato, falsidade de atestado médico e furto qualificado.
