A fusão das legendas Democratas (DEM) e Partido Social Liberal (PSL) para a criação do União Brasil (UB), anunciada no final de 2021, entrou na pauta de julgamento do Tribunal Superior Eleitoral. O processo tem como relator o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e deve ser julgado na próxima terça-feira (08/02).
Caso a fusão se concretize, o União Brasil se tornará a maior bancada da Câmara dos Deputados, adquirindo uma boa fatia dos fundos partidário e eleitoral, bem como maior tempo de TV durante a campanha das eleições de 2022. Ao todo, a nova legenda terá ao seu dispor R$ 160 milhões em recursos públicos para financiamento de campanha. O presidente da sigla será o deputado federal Luciano Bivar, atual presidente do PSL. Após a decisão de Fachin, o partido decidirá seu rumo nas eleições nas próximas semanas.
Segundo a jornalista Denise Rothenburg, do Correio Braziliense, parte do futuro partido gostaria de fechar uma aliança com o ex-juiz Sérgio Moro e formar uma federação partidária com o Podemos. Contudo, entraves estaduais dificultam a proposta. Em alguns estados, o partido apoiará candidatos fiéis ao presidente Jair Bolsonaro (PL), inimigo declarado de Moro.
No Amazonas, a tendência é de que Pauderney Avelino continue na presidência estadual do partido. Quanto a candidatos nas eleições, a legenda confirmou a pré-candidatura de Amazonino Mendes ao governo do Amazonas. O partido também nascerá com representação na Câmara Municipal de Manaus por meio do vereador Amom Mandel, que se filiou à legenda no dia da cerimônia de criação do partido.
