*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Justiça do Amazonas converteu a prisão em flagrante da dupla identificada como Douglas Gustavos Guimarães Campos, 22, e Paulo Victor de Oliveira Repolho, 24, em preventiva, na tarde de terça-feira (16/05), durante audiência de custódia, em Manaus. Eles são acusados de extorquir vítimas e ameaçar divulgar fotos íntimas em um grupo de aplicativo de mensagens com 200 mil integrantes, na internet.
De acordo com Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), a prisão ocorreu pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), nessa segunda-feira (15/05), pelos crimes de extorsão, falsa identidade e invasão de dispositivo informático de uso alheio.
Para o delegado Antônio Rondon, titular da Dercc, é necessário alertar a todos que pensam ou planejam cometer crimes na internet que repensem essa conduta, pois o ambiente virtual não é terra sem lei e há punição para criminosos que se aproveitam disso.
“Tivemos o caso das prisões em flagrante de Douglas Gustavos e Paulo Victor, que estavam ameaçando e extorquindo vítimas em divulgar fotos íntimas em um grupo de mensagens. Eles foram encaminhados à audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário”, explicou.
Ainda conforme a autoridade, a decisão apresenta intolerância para esse tipo de crime, por parte do Poder Judiciário e da sociedade. Apesar de ambos não terem antecedentes criminais, o caso se torna ainda mais grave pelo sofrimento causado às vítimas, ao serem expostas.
Sobre a ocorrência
Segundo a PC-AM, as investigações iniciaram após uma vítima, de 22 anos, registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na Dercc, alegando que estavam circulando fotos íntimas dela em grupo de aplicativo voltado à venda de conteúdo pornográfico. Os integrantes deviam transferir os valores para uma chave pix cadastrada no nome de Paulo Victor.
Para Rondon, Douglas possivelmente teve acesso a essas imagens invadindo o aparelho celular das vítimas, por meio de links distribuídos pelas redes sociais, e quando elas clicavam, automaticamente, ele conseguia invadir e ter acesso às imagens. Paulo Victor era responsável pela conta bancária onde os valores eram depositados. Os golpistas conseguiram arrecadar em poucos dias mais de R$ 2,5 mil.
Outras duas mulheres já afirmaram que foram vítimas dos infratores. As investigações terão continuidade para averiguar a participação de outras pessoas no delito.