A Justiça Militar da União (JMU) condenou na última sexta-feira, dia 17, 26 pessoas – entre empresários e militares do Exército Brasileiro – acusados de praticar um esquema de fraudes no Comando Militar da Amazônia, na área de alimentos e com envolvimento de prostitutas.
Entre os condenados estão onze oficiais — dois coronéis, um tenente-coronel, um tenente, um subtenente, um major e cinco capitães –, oito militares de baixa patente e sete empresários da área de alimentos. Há ainda praças que recebiam “mesadas” de R$ 500.
Os crimes aconteceram, segundo a sentença, entre os anos de 2005 e 2006. O grupo, de até 39 pessoas, teria praticado fraudes licitatórias e contratuais na compra de alimentos para o comando amazonense.
O processo aponta manipulação de planilhas de preços para favorecer os empresários, fraudes e desvios na distribuição de gêneros e até o recebimento de propinas por parte dos militares.
Ligações demonstraram que o contato de dois militares era tão estreito com um dos empresários, “que este último contratou prostitutas e promoveu uma festa em um motel de Manaus para os referidos oficiais”, diz.