*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) escolheu, na manhã desta terça-feira (1º), as juízas Ida Maria Costa de Andrade e Lia Maria Guedes De Freitas, para ocupar as duas vagas abertas no cargo de desembargadora. Com as promoções, o tribunal passa a contar com 10 mulheres entre os 26 desembargadores, que compõem o 2º grau do Judiciário estadual.
Ida Maria Costa de Andrade, que era titular da 15ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho da Comarca de Manaus, foi promovida pelo critério de merecimento. A escolha seguiu lista exclusiva de juízas, conforme previsto em edital e em atendimento às diretrizes da Resolução nº 525/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Já a magistrada Lia Maria Guedes De Freitas, titular da 11ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho da Capital, foi escolhida pelo critério de antiguidade. A votação ocorreu durante sessão realizada no Plenário Ataliba David Antonio, na sede do TJ-AM.
As promoções foram realizadas em razão das aposentadorias dos desembargadores Joana Meirelles e Elci Simões, que atingiram a idade limite de 75 anos para atuação na magistratura. O tribunal ainda não informou a data da posse das novas desembargadoras.
Pela primeira vez, o TJ-AM aplicou a regra de paridade prevista na Resolução nº 525/2023 do CNJ, que busca corrigir desigualdades históricas na ocupação dos altos cargos da magistratura por mulheres.
Embora o número de desembargadoras ainda seja inferior ao de homens (10 entre 26), a nomeação de duas mulheres de forma simultânea — uma por merecimento, outra por antiguidade — sinaliza uma abertura para um Judiciário mais representativo. Esse processo não apenas reconhece a competência e trajetória das magistradas, mas também reafirma a importância de políticas institucionais que promovam a diversidade e a justiça dentro das próprias estruturas do poder.