Manaus, segunda-feira 15 de dezembro de 2025
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Juiz nega soltura de acusado de matar jovem palestino em saída de festa em Manaus

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

A Justiça do Amazonas negou, nessa segunda-feira (14), o pedido de soltura de Bruno da Silva Gomes, um dos acusados pela morte do jovem palestino Mohammad Manasrah, de 20 anos, ocorrida em 8 de fevereiro na capital amazonense. O juiz Fábio César Olintho De Souza justificou a decisão pela necessidade de garantir a segurança do irmão da vítima, Ismail Manasrah, que sobreviveu ao ataque, e pelo risco de fuga do réu.

Em sua decisão, o magistrado foi enfático: “Conceder a liberdade do acusado traz riscos à paz social, considerando que existe vítima sobrevivente da ação delituosa, deve-se também resguardar a sua integridade física”. O juiz também considerou o fato de que o outro réu no caso, Robson Silva Nava Júnior, permanece foragido, reforçando a possibilidade de Bruno também tentar se evadir da Justiça.

“Ressalta-se que o crime supostamente cometido foi violento. Assim, resta provável sua possível periculosidade e o risco que a ordem pública corre com sua soltura, corroborando com os argumentos da acusação”, complementa outro trecho da determinação judicial.

A audiência de instrução e julgamento do caso teve início em 2 de julho, com o depoimento de Bruno da Silva Gomes, que está detido desde fevereiro na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona Leste de Manaus. Embora foragido, Robson Silva Nava Júnior participou da audiência por videoconferência, mas seu interrogatório foi remarcado para a próxima terça-feira (22) devido a problemas de áudio.

Bruno e Robson foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) em 5 de março, acusados pela morte de Mohammad Manasrah e pela tentativa de homicídio contra seu irmão, Ismail Manasrah. A denúncia, embasada na investigação da Polícia Civil do Amazonas, descreve que o crime ocorreu por volta das 2h, em via pública, na Rua Rio Içá, em frente à casa noturna Rox Club e Lounge, bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul de Manaus.

De acordo com o MP-AM, Mohammad faleceu após sofrer um golpe no pescoço com uma garrafa quebrada. Ismail também foi gravemente ferido no rosto e nas costas ao tentar proteger o irmão. O promotor de Justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros afirma no documento que os crimes foram cometidos por “traição e por motivo fútil”, o que, em caso de condenação, pode agravar a pena dos acusados. “Bruno e Robson, conscientemente e em comunhão de vontades, mediante golpes de arma branca (gargalo de garrafa), por motivo fútil e mediante traição, ceifaram a vida da vítima Mohamad Manasrah, bem como tentaram matar o ofendido Ismail Manasrah”, detalha a denúncia.

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