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Juiz decreta prisão preventiva de acusados de matar jovem palestino em Manaus

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

O juiz Fábio César de Souza, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, aceitou a denúncia do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) contra Bruno da Silva Gomes e Robson Silva Nava Júnior pela morte do jovem palestino Mohammad Manasrah, de 20 anos, ocorrida no dia 8 de fevereiro em Manaus. A decisão foi proferida na última sexta-feira (7).

Fábio também decretou a prisão preventiva de Robson, que está foragido, e de Bruno, que está cumprindo detenção temporária de 30 dias desde o dia 13 de fevereiro.

No dia 5 deste mês, Bruno e Robson foram denunciados pelo MP-AM pela morte de Mohammad e pela tentativa de homicídio de Ismail Manasrah, irmão de Mohammad. A denúncia foi baseada na investigação da Polícia Civil do Amazonas.

No documento, o promotor de Justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros afirma que os crimes foram cometidos por à traição e por motivo fútil, o que pode agravar a pena em eventual condenação dos acusados.

“Bruno e Robson, conscientemente e em comunhão de vontades, mediante golpes de arma branca (gargalo de garrafa), por motivo fútil e mediante traição, ceifaram a vida da vítima Mohamad Manasrah, bem como tentaram matar o ofendido Ismail Manasrah”, diz a denúncia.

De acordo com o MP-AM, Mohammad morreu ao sofrer golpe no pescoço com uma garrafa quebrada. Ismail também sofreu ferimentos graves no rosto e nas costas ao tentar proteger o irmão.

A investigação da polícia indica que a briga que terminou com a morte do jovem palestino começou dentro da boate Rox Club, no bairro Nossa Senhora das Graças, na zona centro-sul de Manaus.

Mohammad estava acompanhado do irmão dele e de outros três amigos. Um deles esbarrou acidentalmente em Bruno, que carregava um balde de cerveja. O balde virou sobre Bruno, que ficou molhado. Bruno agrediu o irmão de Mohammad e o grupo revidou à agressão.

A confusão dentro da boate só acabou com a intervenção da equipe de segurança do local. Os seguranças da boate colocaram Bruno para fora do local.

A denúncia do MP-AM aponta que Bruno ficou esperando o grupo sair da boate para retomar a briga. Ele se armou com uma garrafa quebrada e ficou escondido atrás dos carros.

“Já em via pública, o denunciado Bruno se dirigiu ao seu veículo, retirou a blusa e armou-se com o instrumento do crime (garrafa quebrada). Em seguida, retornou para a frente da casa noturna para esperar as vítimas saírem, escondido atrás dos veículos estacionados no local”, diz trecho da denúncia.

A investigação também aponta que Robson evitou que o grupo fosse embora para que Bruno se vingasse. Conforme a denúncia, ele iniciou uma conversa “amistosa” como grupo.

“Enquanto isso, as vítimas e seus amigos pagavam a consumação da casa noturna e se reuniam na frente do estabelecimento, na calçada. Quando saíam do local, o acusado Robson evitou que eles fossem embora do local, iniciando uma conversa amistosa com o grupo das vítimas e seus amigos”, diz outro trecho da denúncia.

O MP-AM relata que, nesse momento, Bruno se aproximou e tentou atacar Mohamad Musa, que estava de costas, com a garrafa quebrada. Mohamad Manasrah percebeu que o amigo iria ser atingido e impediu o ataque.

De acordo com a denúncia, diante da intervenção, Bruno usou a garrafa para dar um golpe na região do pescoço e do tórax de Mohamad Manasrah. Ao ver o irmão ser agredido, Ismail tentou protegê-lo e chutou Bruno, que caiu. Ele se levantou e também desferiu golpes com o gargalo contra Ismail, atingindo-o no rosto e nas costas.

O MP-AM afirma que, durante a confusão, enquanto Bruno usava o gargalo de garrafa, Robson “auxiliava na execução do crime, desferindo socos nas vítimas e nos demais presentes, dificultando a defesa deles”. Em seguida, os dois saíram correndo, fugindo do local.

“Importante ressaltar que os crimes foram praticados por motivo fútil, consistente na briga momentos antes entre os acusados e as vítimas e seus amigos, o que ocasionou a retirada dos mesmos do local”, diz o promotor de Justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros.

“Além disso, restou comprovado a qualificadora da traição/recurso que dificultou a defesa dos ofendidos, já que o acusado Bruno retirou a camisa que usava no dia e se escondeu entre os veículos parados do outro lado da via, enquanto Robson iniciou uma conversa pacifica com os ofendidos, impedindo que eles fossem embora do local”, completou o promotor.

Ao decretar a prisão preventiva dos dois, Fábio atendeu pedido da Polícia Civil do Amazonas, que alegou que eles mentiram nos depoimentos na delegacia e apresentaram falsas provas. Além disso, a polícia indicou ao juiz que Robson fugiu ao ter a prisão temporária decretada no mês passado.

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