*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O jogador de futebol Giovanni Padovani, da Itália, foi preso suspeito de assassinar a ex-namorada Alessandra Matteuzzi, de 56 anos, com golpes de martelo e taco de beisebol, no momento em que a vítima falava com a irmã ao telefone.
O crime aconteceu na última terça-feira (23) no prédio onde a vítima morava, em Bolonha, na Itália, conforme informações do jornal O Globo. O ex-casal teria colocado fim ao relacionamento em janeiro deste ano, após um ano de uma relação abusiva por ciúmes.
Alessandra chegou a denunciar o ex-namorado por perseguição no final de julho deste ano, mas nada foi feito.
A imprensa italiana afirma que Giovanni saiu da região da Sicília, onde joga pelo Sancataldese, time da série D, e foi para Bolonha procurar a ex-namorada.
Alessandra teve sua casa invadida pelo jogador, e surpresa com a chegada dele, deixou cair o telefone no chão, no momento em que estava numa ligação com a irmã.
Stefania, irmã da vítima, afirma que não desligou e ouviu a série de agressões e ligou para a polícia. Alessandra foi encontrada em estado grave ainda viva, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
“Ela saiu do carro e começou a gritar ‘não Giovanni, não, eu te imploro, socorro!’. Eu estava ao telefone. Liguei imediatamente para os policiais, que chegaram logo. Moro a 30 km”, relatou a irmã à emissora local TGR Emilia Romagna.
Testemunhas relataram que o suspeito usou um banco de ferro da portaria para agredir a vítima. Alessandra já havia passado orientações e pedido que caso Giovanni tentasse entrar no prédio, fosse impedido ainda na portaria.
O advogado da família de Alessandra, Giampiero Barile, disse ao jornal il Resto del Carlino que o jogador exercia controle obsessivo sobre a vítima.
“Ele a mantinha sob controle à distância, muitas vezes pedindo que ela enviasse fotos e vídeos do local onde estava, as vezes a cada 10 minutos, movido por ciúme. Em algumas situações também pediu que ela filmasse o horário de onde estava para verificar se estava falando a verdade”, detalhou.
Há um processo em andamento, para apurar se as autoridades italianas foram negligentes com a proteção Alessandra Matteuzzi, porque a vítima já havia feito denúncia contra Giovanni.
O promotor-chefe de Bolonha, Giuseppe Amato, negou as acusações de negligência. Conforme o promotor, logo após o registro do relatório de perseguição ter sido feito, foi iniciada a investigação.
“Fizemos o que podíamos. O relatório de perseguição não destacou situações de risco concreto de violência, era apenas a conduta típica de perseguição incômoda”, ponderou à agência Ansa.