*Da Redação Dia a Dia Notícia
Israel decretou, na manhã deste sábado (7), o Estado de Alerta de Guerra após ser alvo de um ataque surpresa do grupo terrorista Hamas, que disparou pelo menos cinco mil foguetes no território israelense. Pelo menos 40 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas. Uma das vítimas é o chefe do Conselho Regional de Shaar HaNegev.
O ataque é parte de uma operação intitulada Tempestade Al-Aqusa. O comandante das Brigadas de Al-Qasam, do Hamas, Mohamed Deif, afirmou publicamente que o ataque com foguetes a Tel Aviv era apenas o começo. A segurança israelense também detectou intrusão de grupos armados em pelo menos sete localizações.
Em resposta, Israel lançou a operação Espadas de Ferro e enviou dezenas de aviões para bombardear áreas da Faixa de Gaza. Ainda não se sabe o número de vítimas da retaliação.
Estado de Guerra
Com a decretação do estado de guerra, reservistas israelenses foram convocados e sirenes de emergência passaram a tocar continuamente em várias regiões do país, incluindo nas cidades de Jerusalém e Tel Aviv. As milícias de colonização israelense na área de Gaza também continuam a disparar foguetes.
Civis em Jerusalém passaram a se abrigar em bunkers, deixando as ruas ocupadas por tropas de segurança.
Governo Brasileiro
O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota em nome do Governo do Brasil condenando a “série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza” e expressou ” condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”.
“Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação. Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina. O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”, diz a nota.
Como atual presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão e reiterou “seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”.