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Irmã de réu por garimpo ilegal é candidata à vereadora em Boa Vista (RR) e defende direito dos garimpeiros

Foto: Reprodução/Redes Sociais

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

Bruna Cataratas, irmã de Rodrigo Cataratas, é candidata a vereadora pelo PSD em Boa Vista, Roraima, e se mostra defensora do movimento “Garimpo Legal” durante sua campanha. Ela defende o direito dos garimpeiros e regulamentação adequada da atividade. Seu irmão é réu em cinco processos ligados ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, e neste ano abriu uma empresa de mineração de ouro na Guiana. Nas redes sociais, Rodrigo Cataratas aparece em diversos vídeos apoiando a candidatura da irmã.

Ao longo de sua campanha como candidata à vereadora, Brunna defende os direitos dos garimpeiros, e afirma que a atividade é vital para a economia da região, mas que sofre com falta de regulamentação adequada.

“A importância do garimpo para a economia e para a vida de milhares de pessoas é inegável. No entanto, para que o garimpo seja verdadeiramente uma fonte de prosperidade para todos, ele precisa ser conduzido de forma responsável e sustentável”, diz em um vídeo publicado em suas redes sociais. 

Em um vídeo publicado em seu Instagram, a candidata a vereadora afirma que tem propriedade para defender a causa garimpeira, pois sofre ataques e perseguições e também fala que já teve a polícia batendo na porta de sua casa.

“Também sinto o medo e a insegurança que cada um sente. É por isso que decidi entrar na política, para dar voz a uma classe que é totalmente desvalorizada e criminalizada, e somos apenas um povo que quer trabalhar e levar o sustento a nossas famílias”. 

Na site Divulgacand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Bruna Cataratas declarou apenas R$ 150 mil em bens, que seria correspondente a um apartamento em Curitiba.

Réu por garimpo ilegal

Rodrigo Cataratas, irmão de Bruna, que aparece ao lado da candidata em diversos vídeos nas redes sociais em apoio às eleições deste ano, é réu em cinco processos ligados ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. De acordo com matéria publicada pelo UOL em abril deste ano, Rodrigo mudou-se para a Guiana e abriu uma empresa de mineração de ouro no país.

Alvo da Justiça Federal em Roraima, Cataratas cruzou a fronteira e instalou um garimpo na Guiana. Dono de uma frota de helicópteros e um patrimônio declarado de R$ 33,5 milhões, ele é coordenador do movimento Garimpo é Legal, que tenta expandir a atividade na Amazônia. Movimento que Bruna Cataratas promove durante sua campanha.

Cataratas anunciou sua mudança para a Guiana em outubro do ano passado. Em novembro, ele e outros três empresários reuniram-se com o primeiro-ministro do país, Mark Phillips. Em uma publicação no Facebook, o gabinete de Phillips afirmou que o grupo estava lá “para apoiar ativamente o desenvolvimento geral da nação”.

No ano de 2022, ele disputou uma vaga de deputado federal pelo PL, teve 9.095 votos e não foi eleito. Neste ano, ele deixou o partido e ampliou sua atividade nas redes sociais.

Cataratas responde a cinco denúncias no Ministério Público Federal (MPF), além de ser réu por mineração ilegal e crimes associados, como organização criminosa e lavagem de dinheiro, ele é suspeito de ataques às sedes do Ibama e da PF em setembro de 2021. O grupo investigado ateou fogo em uma viatura do Ibama e tentou incendiar outro carro do órgão que estava na PF, mas não conseguiu.

Celso de Mello, de 24 anos, filho de Rodrigo, também foi preso suspeito de explorar ilegalmente ouro na Terra Indígena Yanomami e por participar de organização criminosa. De acordo com matéria divulgada pelo g1 em 2022, na época da prisão ele também

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