Mais uma vez, produtos importantes na cesta das famílias tiveram alta, como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%). A variação no grupo de alimentos e bebidas foi de 2,54%. A cerveja (1,33%) também subiu, assim como o refrigerante e a água mineral (1,05%).
O gerente da pesquisa explicou a alta nos alimentos pelo aumento da demanda, sustentada pelos auxílios concedidos pelo governo, e também pela restrição de ofertas no mercado doméstico em um contexto de câmbio mais alto, que estimula as exportações.
Em outubro, quando o IBGE passou a fazer o cálculo com base na nova POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), os alimentos retomaram o posto de principal componente do índice de inflação, que havia sido perdido para os transportes no início do ano.
Em novembro, o grupo de transportes registrou alta de 1,33%, segunda maior influência do índice, impulsionado pelo aumento no preço da gasolina (1,64%). Foi a sexta alta consecutiva do combustível. O etanol subiu 9,23%.
De acordo com o IBGE, os grupos de alimentos e bebidas e transportes representaram 89% do IPCA de novembro. A alta nos preços atingiu todas as 16 regiões pesquisadas. Goiânia (1,41%) teve o registro mais intenso, enquanto o menor foi registrado em Brasília (0,35%).