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Indígena Yanomami morre em estado crítico de desnutrição em Roraima

Foto: Reprodução

*Victor Cavalier – Da Redação do Dia a Dia Notícia

Uma indígena Yanomami morreu após entrar em estado grave de desnutrição neste domingo (22) em Roraima. A Urihi Associação Yanomami pediu que a foto da mulher em estado crítico não fosse compartilhada, em respeito as questões culturais.

Ela teve sua imagem divulgada na internet enquanto a tribo vivia uma crise sanitária que resultou na morte de 570 crianças por desnutrição e outras causas nos últimos anos. O governo federal decretou estado de emergência na terra indígena da região.

“Na cultura Yanomami, após o falecimento, não pronunciamos o nome da pessoa, queimamos todos os seus pertences, e não permitimos que fotografias permaneçam sendo divulgadas”, disse a associação.

Confira o post:

O Ministério da Saúde resgatou oito crianças da etnia em estado grave da etnia na última segunda-feira (16). Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou a capital de Roraima, Boa Vista, onde está concentrada parte dos trabalhos de atendimento.

Governo Bolsonaro e assistência aos Yanomamis

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou vinte ações de saúde que levaram “atenção especializada” a territórios indígenas entre 2020 e 2022. Ademais, durante a gestão de Bolsonaro, o Ministério da Saúde, realizou mais de 53 milhões de atendimentos de atenção básica aos povos tradicionais, e atuou no combate à Covid-19 dentro das tribos.

Recentemente, em suas redes sociais, o ex-presidente classificou as críticas sobre a assistência aos Yanomami na sua gestão como “uma farsa da esquerda”.

Crise Yanomami

A reserva Yanomami enfrenta problemas em relação aos 28 mil indígenas que vivem isolados geograficamente em comunidades de difícil acesso. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a operação Yoasi, contra a fraude na compra de remédios destinados ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), em Boa Vista.

O esquema teria deixado cerca de 10 mil crianças indígenas sem medicamentos. As investigações indicam que dois gestores firmaram o contrato com uma empresa para o fornecimento de 90 tipos de medicamentos. Porém, a companhia entregou somente 30% do material previsto. A estima-se que esquema de desvio tenha movimentado R$ 600 mil.

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