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Índia sofre ‘tsunami’ de covid com mais de 300 mil casos por dia e começa a fazer cremações coletivas

El País

A Índia registrou mais de 300 mil casos confirmados de Covid-19 pelo 6º dia seguido nesta terça-feira (27), no mesmo dia em que começou a receber ajuda internacional para lidar com o colapso na saúde causado pela segunda onda de contágios no país.

Até então, só os Estados Unidos tinham superado a marca de 300 mil infectados em um dia — e uma única vez, em 2 de janeiro.

O país também teve mais de 2 mil mortes pelo 7º dia consecutivo, segundo o governo indiano, e segue a nação que mais tem registrado novas vítimas, à frente do Brasil.

Oficialmente, a Índia é o segundo país com mais casos confirmados de Covid-19 do mundo (17,6 milhões), atrás apenas dos EUA (32,1 milhões), e o quarto em número de mortes (197 mil), depois de EUA (572 mil), Brasil (391 mil) e México (215 mil).

Mas, diante do caos sanitário no país, há fortes indícios de subnotificação nos dados oficiais.

Indianos sofrem há dias com hospitais lotados e falta de leitos, de remédios e de oxigênio. Pessoas estão morrendo de Covid-19 em casa e na porta dos hospitais, onde aguardam em ambulâncias e até em carros particulares para serem atendidos.

Os preços dos cilindros de oxigênio, concentradores e medicamentos essenciais dispararam no mercado ilegal. Até versões falsas de remédios são comercializadas, e há diversos relatos de golpes contra familiares desesperados.

Cremações em massa têm se espalhado pelo país devido à quantidade de mortos (veja no vídeo abaixo), e os números funerais e enterros feitos sob o protocolo de Covid-19 são muito superiores aos balanços oficiais de vítimas do vírus.

Reprodução/Deutsch Welle

Em um crematório de Bhopal, trabalhadores disseram ter cremado mais de 110 pessoas no sábado (24), enquanto dados do governo apontam que apenas 10 morreram de Covid-19 na cidade de 1,8 milhão de habitantes.

Ajuda internacional

O primeiro a avião com ajuda chegou a Nova Délhi com 100 respiradores e 95 concentradores de oxigênio enviados do Reino Unido.

Mais nove contêineres com 495 concentradores de oxigênio, 120 respiradores não invasivos e 20 respiradores manuais serão enviados ainda nesta semana, anunciou a Alta Comissão do Reino Unido na capital indiana.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu “apoio incondicional” ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Os EUA enviarão componentes para a produção de vacinas e equipamentos médicos.

A França vai mandar ao país, também nesta semana, unidades de produção de oxigênio capazes de atender até 10 mil por dia, além de 28 respiradores, segundo a Rádio França Internacional.

A situação na Índia é “mais do que desesperadora”, declarou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“A OMS está fazendo tudo o que pode, fornecendo suprimentos e equipamentos essenciais, especialmente milhares de tanques de oxigênio, hospitais de campanha móveis pré-fabricados e suprimentos de laboratório”, afirmou Tedros.

Alemanha e Canadá também prometeram apoio. O mesmo fez o vizinho e rival da Índia, o Paquistão, que ofereceu equipamentos médicos.

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