O projeto de implantação de um parque tecnológico nas obras inacabadas da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) ganhou o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), conforme declararam ao vice-governador do Estado, Carlos Almeida, os respectivos secretários-executivo e de Empreendedorismo e Inovação do MCT, Júlio Semeghini e Paulo Alvim.
Em audiência com Alvim e Semeghini na sede do Ministério, Carlos Almeida apresentou o projeto do Governo do Amazonas, que visa desenvolver um polo de empresas de base tecnológica voltado à inovação em programas e bens de informática, além de produtos criados a partir de insumos da biodiversidade amazônica.
“Esse é o tipo de projeto que interessa ao ministro (Marcos Pontes) e ele tem uma preocupação especial com a Amazônia. De nossa parte, o Estado terá total apoio”, afirmou Paulo Alvim. Na avaliação do secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCT, a Amazônia tem forte apelo para atrair investimentos e Manaus pode ser tornar um grande centro de produção tecnológica, com destaque para a biotecnologia.
O vice-governador Carlos Almeida defende que o polo de tecnologia tem potencial para inaugurar um novo horizonte de desenvolvimento, com bases sustentáveis, nos aspectos ambiental e econômico. “Não fomos ao Ministério (MCT) demandar recursos, mas pedir parceria a um projeto que pode proporcionar uma frente econômica inovadora e sustentável na Amazônia”.
Pesquisa e inovação
A proposta, explica Carlos Almeida, é atrair para o parque tecnológico institutos de pesquisa de multinacionais e empresas em formação, as startups, criando assim ambiente propício ao desenvolvimento, com investimentos e demandas feitas pelo próprio mercado consumidor.
O vice-governador lembra que a área inicialmente planejada para a Cidade Universitária está ao lado de duas importantes reservas ambientais: o Parque Nacional de Anavilhanas e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro. Na área também vivem comunidades ribeirinhas que podem se beneficiar da geração de emprego que nascerá com o parque tecnológico.
Ativo ambiental adormecido
Julio Semeghini afirma que o Amazonas, com o potencial que a Amazônia tem, não pode deixar de ter um polo de desenvolvimento tecnológico. “O estado é muito rico (em ativo ambiental) para não ter esse tipo de investimento, focado na exploração dos grandes potenciais naturais da região”, declarou o secretário executivo do MCT.
Em uma nova agenda no MCT, o Governo do Amazonas detalhará o projeto, com as possibilidades de fontes de recursos que podem ser utilizadas para a sua implantação. O vice-governador também já esteve reunido com técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que sinalizaram com recursos para financiar o projeto do parque tecnológico.