*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Ibama avalia risco de vazamento e contaminação de um navio petroleiro que está encalhado no rio Amazonas há cerca de quatro dias, que está com carga de gasolina e nafta, outro produto proveniente do petróleo.
A Refinaria da Amazônia (Ream), empresa responsável pela carga, descartou risco de vazamento.
De acordo com o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, a empresa foi notificada para apresentar as licenças ambientais do navio. “O Ibama se antecipa a qualquer possibilidade de desastre ambiental e já intervém junto à empresa, para que tome as providências para evitar qualquer tipo de dano ambiental na área”, afirmou.
A embarcação tombou no Rio Amazonas por volta das 9h30 de segunda-feira (4), nas proximidades de Itacoatiara, depois de sair de Manaus. Segundo a Ream, por conta da seca que ainda persiste no Amazonas, o navio se chocou com pedras.
O navio tombou ao passar por uma área rasa conhecida como “Pedral do Guajará”. Por causa da seca, a região do Tabocal, onde fica o pedral, é um dos pontos críticos para a passagem de grandes navios. O local vem recebendo o serviço de dragagem, o que já possibilitou o tráfego de algumas embarcações.
“Imediatamente após a ocorrência, o navio foi fundeado e, de forma imediata, a tripulação do navio adotou as medidas necessárias para manter a sua estabilidade, sendo assinalado, que não houve registro de poluição hídrica e nem de acidente pessoal”, disse a companhia, em nota.
A companhia disse que acionou os órgãos ambientais e a Agência Nacional de Petróleo (ANP). “Embora a Ream não tenha qualquer gestão náutica do navio – que, ressalte-se, cabe aos armadores e/ou afretadores da embarcação, e tampouco tenha controle direto sobre a sua operação, logo que tomou conhecimento do incidente, a companhia adotou todas as providências para oferecer o suporte necessário ao navio e prevenir a ocorrência de qualquer evento de poluição ambiental”, afirmou.
Segundo a empresa, o navio recebeu material de contenção de óleo. “Incluindo balsas de apoio, defensas, mantas absorventes e barreiras de contenção, além de empurradores, balsas, mangotes e demais equipamentos necessários para viabilizar o transbordo dos produtos do navio para outras embarcações, de forma parcial ou total, a fim de evitar qualquer risco de contaminação”, disse.
Uma equipe de mergulho contratada pela refinaria fez vistoria na área e constatou dano em parte do casco externo da embarcação. De acordo com a empresa, a embarcação possui um outro casco interno que está “íntegro”.
“A companhia aguarda a apresentação do plano de contingência por parte do armador, devidamente aprovado pela autoridade marítima e demais órgãos, permanecendo no local do incidente de forma preventiva, com equipes e equipamentos de prontidão”, finalizou a empresa.