*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nesta sexta-feira (10), dois homens foram presos suspeitos de abusar sexualmente de crianças e adolescentes em Manaus. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) apontou que os suspeitos compartilhavam informações sobre praticar relações sexuais de forma desprotegida com o objetivo de transmitir o vírus HIV.
De acordo com a polícia, os homens, que tem idade de 21 e 31 anos, foram presos durante uma operação. Eles, que se autodenominavam “carimbadores”, admitiram a prática de relações sexuais, sem mencionar que eram portadores do vírus, segundo as investigações.
Segunda a titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Joyce Coelho, as investigações se iniciaram há cerca de dois anos após uma denúncia anônima saída de uma assistência de celulares.
O denunciante informou a equipe que em um aparelho celular havia uma conversa entre dois homens que admitiam a prática de estupros e abusos.
“Na época a gente não pôde concluir a investigação, porque o celular não foi encontrado para ser apreendido. O que haviam eram alguns prints que a suposta assistência técnica teria feito”, disse a delegada.
Joyce Coelho também relatou que as investigações foram retomadas em dezembro do ano passado, após a Polícia Federal receber a denúncia. Logo em seguida, ao intensificar as investigações, a polícia conseguiu identificar os dois homens.
A polícia também identificou que os suspeitos, em trocas de mensagens, compartilhavam conteúdo pornográfico, além das informações sobre os abusos sexuais que teriam praticado contra crianças, com o intuito de transmitir o vírus HIV ou Aids (PVHA).
“Tudo indica que essas conversas, esses grupos, realmente são feitos a partir do aparelho celular. Então, essa operação foi bastante exitosa, inclusive no sentido de confirmar a autoria dos fatos. Eles de fato são os interlocutores dessas conversas”, afirmou a titular da Depca.
A delegada contou ainda que foi identificado um modus operandis da dupla, que compartilhavam informações sobre as preferências.
“Com o decorrer dessa investigação, poderemos identificar vítimas, uma vez que no teor dessas conversas, eles falavam a sua preferência por crianças, quanto mais nova, melhores, inclusive abordagens que poderiam ser feitos em locais públicos ou privados, inclusive em banheiros de shoppings”, destacou Joyce Coelho.
Além das prisões, a polícia apreendeu aparelhos celulares, além de outros objetos com armazenamento de mídias.