O Amazonas bateu recorde histórico de queimadas no mês de agosto de 2021. Esse foi o terceiro ano consecutivo que o recorde para o mês foi superado. Nos primeiros 26 dias deste mês, foram registrados 8.172 focos de incêndios. No ano passado, agosto registrou 8.030 focos de incêndios. Em 2019, foram 6.668 registros.
Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2020, o Amazonas registrou o maior número de queimadas da história, somando os registros de todos os meses. A série histórica teve início em 1998.
Em entrevista ao G1 neste mês, o pesquisador do Programa de Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, informou que as queimadas no Amazonas começam a ganhar força no mês de julho. Historicamente, os meses com maior ocorrência de queimadas no Amazonas são agosto, setembro e outubro.
“O fogo aí nessa região não tem como começar sozinho. Então são todos atos ilícitos ou de novos desmatamentos ou de queima de áreas já desmatadas no passado, ou de renovação de pastagens, as vezes acidentes, entre outras razões”, informou Setzer.
Desde 29 de junho, o uso do fogo está proibido na Amazônia, quando o governo federal publicou um decreto suspendendo a prática por 120 dias no território nacional.
Os municípios de Lábrea e Apuí, no extremo sul do Amazonas e na fronteira com os estados de Rondônia e Mato Grosso, concentram o maior número de focos de queimadas neste ano.
Para combater crimes ambientais, o governo anunciou uma força-tarefa, no dia 16 deste mês. Ao todo, 12 municípios serão apoiados, mas Lábrea, Apuí e Boca do Acre possuem prioridade.
Foi informado o investimento de mais de R$ 615 mil em novos equipamentos para estruturar brigadas no sul do estado, além da ampliação de efetivo e novas tecnologias para a Operação Tamoiatatá, reforçando o combate ao desmatamento e queimadas ilegais no Amazonas.
*Com informações do G1